quinta-feira, 16 de maio de 2013

APOTEGMA: É NO ÓBVIO ONDE MAIS SE ERRA



 O mais corajoso dos fatos ainda é pensar com a própria cabeça e chegar à fatídica conclusão que para criar inimigos não é necessário declarar guerra a quem quer que seja, basta dizer o que pensa, pois, dizendo-se as verdades, perde-se as amizades. Logo, alguém que, por ventura, ainda preserve um ínfimo resquício de amor próprio, caráter, decência, dignidade, honra e vergonha na cara não deve habilitar-se a entrar no submundo obscuro da política partidária para não incorrer no risco iminente de deixar de ser o que é e se tornar um “político”, digno de adjetivações das mais depreciativas que lhe são cabíveis.
A partir do instante em que o homem aprendeu a andar para frente e não se teve a consciência da política como ciência do bem comum, os representantes da política, como pedagogia “do tudo para mim e nada para os outros”, tornaram-se especialistas na religiosa arte de passar a perna e pisar em seus semelhantes, usando-os como escada para subirem na vida. Assim sendo, ou não sendo assim, político nenhum seria político se não fosse mentiroso, dissimulado, desprovido de caráter e despido de dignidade, além de predador da sua própria espécie. Afinal de contas, político é político. E tenho dito.
Obviamente, toda comparação é odiosa. Mas, devemos trazer a luz da verdade à política local em cuja região esquecida por Deus, com raríssimas exceções, os detentores de mandatos eletivos e de cargos públicos tornaram-se tão desprezíveis que, se tais corruptos e corrompidos fossem dignos de serem condenados à morte na forca, não deveriam ser enforcados pelo pescoço e sim pelo saco e transformados em estrume para adubar a árvore da vida do Belzebu da desonestidade perene a quem servem com tamanha devoção.
Quando digo que no Brasil e, particularmente, em Paulista, com raras exceções, só não é corrupto quem não tiver oportunidade de ser, não me vanglorio em proferir tal filosofia axiomática. É muito triste para um cidadão consciente, trabalhador honesto, cumpridor dos seus deveres e pagador dos seus impostos, perceber que a situação política de Paulista é tão carente da prática de amor ao próximo e de respeito ao ser humano.
Movido pelos mais dignos princípios, tendo em vista que a corrupção, além de ser uma epidemia nacional e um câncer social, sinto, e sinto muito, vivo e sobrevivo vendo, sem fazer vista grossa, a macabra filosofia popular e populista, impregnada no seio cancerígeno da sociedade corrompida, que reza: “Em terra de sapos, de cócoras com eles”, digo, não, não digo, mas digo sem querer dizer o que digo: Em terra de ladrões, alie-se a eles. Ou, quem será o ignoto? A quem escolherão para o papel nada original de Cristo?
É fato, e contra fatos não há argumentos: O tempo não para, isto é óbvio, para que possamos corrigir os nossos erros. Entretanto, é justamente no óbvio onde mais se erra. Quanto a isto, não há dúvida e, mesmo se houvesse, por não ser hipócrita, a minha dúvida honesta e consciente não poderia ser considerada um crime ou, quiçá, uma tentativa de fraudar a verdade, que só admite uma versão, ela própria, e dispensa enfeites para ser o que é: filha do tempo, não da autoridade.
Sendo a verdade a primeira vítima dos políticos, afirma-se, contundentemente, que política é a arte de dizer “coisas” que o povo quer ouvir e de fazer “coisas” que o povo não precisa saber. Desta forma, o problema não estaria nos políticos, mas na ignorância do povo que não sabe nem procura saber (miopia política) que, mesmo na hipótese de um estado democrático, onde todos têm direitos e deveres, com raríssimas exceções, existem duas classes de políticos: Os suspeitos de corrupção e os corruptos; pois, se os agentes públicos não forem suspeitos de corrupção nem, de fato, forem corruptos, eles não são políticos, eles são párias, tratados à margem da sociedade, partindo-se do axioma de que no Brasil só não é corrupto quem não tiver oportunidade de ser. Por sua vez, esses políticos maquiavélicos dividem os cidadãos, vítimas das circunstâncias e da sua própria ignorância, em outras duas classes de objetos de manobra: Instrumentos e inimigos. Destarte, a política é, talvez, a única profissão para a qual se pensa que não é preciso nenhuma preparação. Mas, precisa-se, sim! Porque há limites para tudo nesta vida, exceto para a ignorância, para a arrogância e para o atrofiamento mental, o povo que o diga: Quanto mais ignorante é o povo, desprovido de inteligência, maior é a liderança do político corrupto, ladrão da consciência alheia.
Vê-se, perspicuamente, que o poder é um espaço abstrato que nunca fica vazio e, sob o brocardo de que o poder é podre, mas é o poder: uma delícia putrefata ao paladar dos carniceiros, qual dentre os abutres sedentos de poder e glória que, para sobreviver politicamente, não quer sua parte na carniça? No cômputo geral, sempre há quem se beneficie da miséria alheia e, ao que se sabe, a política tem sua fonte na perversidade e não na grandeza do espírito humano. Desta forma, a comunhão de ódios é quase sempre a base das amizades. Assim, todos os amigos são falsos e os inimigos, verdadeiros nesta que é a ciência das exigências e arte dos blefes: política partidária. Ou seja, no universo político, deve-se agir com inteligência e conveniência, temendo-se menos o ataque do inimigo do que o abraço do amigo falso.
A vitória de uma facção política é, ordinariamente, o princípio da sua própria decadência pelos abusos que a acompanham. Todavia, poder-se-ia fazer política com ética e respeito ao cidadão, com mais assistência e menos assistencialismo. Para tal, bastaria que o agente político tivesse decência e caráter! No entanto, o homem é lobo do próprio homem, o que explica sua fome e sede de grandeza e de poder.
Como se sabe, na eleição de 2008, entre o mistério do desconhecido e o claramente absurdo, aconteceu uma profecia de calamidade: Severino Pereira Dantas foi eleito “democraticamente” prefeito de Paulista com 4.042 votos, 50,03% dos votos válidos, apenas 48 votos de diferença para Carlos Alberto Soares de Oliveira, Dr. Carrinho que, obviamente, obteve 3.994 votos, 49,07% dos votos válidos. Naquele momento de guerra declarada pelo Poder, tendo havido um empate técnico, tanto Severino quanto Dr. Carrinho poderia ter logrado êxito em suas empreitadas e, pelo fato de haver tão somente uma única vaga em disputa ao cargo de prefeito, por uma mistura de sorte de Severino e incompetência da oposição, “ganhou” a prefeitura aquele que mentiu mais e, por isto mesmo, podendo-se dizer que com um orgulho pouco louvável, recebeu um número de votos maior, simples assim. Com um orgulho pouco louvável porque, numa observância literal do terceiro mandamento, "Não usarás o nome do Senhor teu Deus em vão”, Severino e Galega pediam votos “pelo amor de Deus” para que ele fosse eleito prefeito de Paulista e, quando isso aconteceu e que as pessoas que votaram nele precisaram de socorro, sobretudo, na área da Saúde, muitas pessoas receberam um “não” como resposta porque Severino colocou-se no lugar de Deus e assumiu um papel de um Deus vingativo e perseguidor.
O cumprimento dos deveres do agente político para que o cidadão contribuinte tenha acesso a seus direitos legais é diferente da política assistencialista com fins eleitoreiros. Como se sabe, quando um candidato é eleito prefeito de uma cidade, ele se torna prefeito de todos os cidadãos e não apenas do partido pelo qual foi eleito,isto na teoria. Todavia, em Paulista há uma atemorizante inversão de valores no que diz respeito à administração pública e uma profunda falta de respeito para com seus munícipes, além de um verdadeiro insulto a sua inteligência.
Político bom é aquele que vence. Mas, nem sempre quem vence é o melhor e, partindo-se do pressuposto que somos “democraticamente” forçados a escolher os políticos menos ruins, e não os melhores para nos roubar, digo, para nos governar, já que não existem políticos bons o suficiente para servir de parâmetro, Severino venceu. Por pura desonestidade atribuída a um político sem honra, ele venceu não com a dignidade ou a moral ilibada do campeão municipal de um torneio de PAR OU ÍMPAR? - não com a consciência tranquila de quem pode recostar a cabeça no travesseiro e dormir o sono dos justos. Ele é o prefeito de Paulista e, ache ruim quem achar, pretende passar, no mínimo, 40 anos no poder. Quem duvida disto? Eu não duvido.
Levando-se em consideração que a derrota de Dr. Carrinho não envergonhou a ninguém enquanto que Severino foi, é e sempre será a maior decepção de toda a história política deste município, a política separada da moral trai aqueles que a acompanham. Por conseguinte, deveríamos respeitar a todos, confiar em poucos sem sermos injustos com ninguém. Isto seria o ideal político e democrático no qual todo o indivíduo deveria ser respeitado e nenhum idolatrado. Contudo, o direito constitucional de nos indignarmos com o que consideramos errado, remete-nos ao seguinte juízo de valor: Com palavras, julgamos os nossos representantes e, com “atitudes”, eles nos provam que estamos certos em nosso julgamento. Isto posto, a atuação de Severino frente a Prefeitura Municipal de Paulista, no seu primeiro mandato, período 2009/2012, foi aquém do esperado. Foi um tempo de grandes turbulências políticas no qual Severino passou a atuar apenas com um pequeno grupo de cinco pessoas, no máximo, que decidiam tudo, o Pentunvirato, sem dialogar com mais ninguém do partido, ou seja: Severino transformou a Prefeitura Municipal de Paulista em uma empresa familiar e o partido político, pelo qual fora eleito, impondo-se no município um pensamento único: o dele, em uma ditadura impenetrável. No compêndio da coisa pública, ele trabalhou em benefício próprio, de sua família, de um bando de bajuladores e de alguns adversários estratégicos, deixando muita gente descontente com sua pífia administração, mas não ao ponto de Severino temer uma derrota por mais remota que fosse porque quem vota em corrupto não é vítima, é cúmplice e, quanto mais ignorante, desprovido de inteligência, é o povo, maior é a liderança do político desonesto, ladrão da consciência alheia.
Em todo esse lusco-fusco, antidemocrático e desumano, implantou-se uma nova percepção para sua estratégia de campanha. Trata-se da velha e famigerada linguagem política que se destina a fazer com que a mentira soe como verdade e o crime se torne respeitável, bem como a imprimir uma aparência de solidez ao vento. Porque a política é a atividade humana que tem por princípio fundamental e indiscutível tratar do interesse dos outros, depois que seus próprios interesses forem atendidos, Severino, logo no primeiro ano de seu mandato, apropriando-se de um senso de poder distorcido, apregoou abertamente que “não iria fazer nada por ninguém de Paulista, que não fosse de seu grupo familiar, o Pentunvirato, e, ainda, iria botar toda a culpa nos vereadores idiotas da oposição fragmentada”.
Entretanto, quando se trata de destruir, todas as ambições se aliam facilmente. Neste sentido e com o único sentido de ascender ao poder, com o empate técnico ocorrido na disputadíssima eleição de prefeito em 2008, todo mundo da “oposição”, e cada um individualmente, achou que poderia tomar à força ou “ganhar” o poder de Severino sem o menor esforço. Atrevo-me a dizer que a inveja e a ganância são tão inconvenientes e atrevidas que a pessoa prejudica outras pessoas, inclusive, através de seu próprio prejuízo. Em vez do partido derrotado apenas por 48 votos de diferença reunir-se em prol da elaboração de um programa de governo, um trabalho social que servisse de parâmetro para o cidadão avaliar e escolher a melhor proposta, todos tentaram, com raríssimas exceções, sobreviver das migalhas do fracasso alheio, na base do “quanto pior melhor”. Sempre foram calcados na inveja, na intriga, na rivalidade político-partidária, na chantagem, emocional e financeira, e tortura psicológica entre si, com opositores derrotados fazendo oposição à própria oposição, cada qual puxando a brasa para a sua sardinha, dividindo um poder inexistente, e tudo se tornou um ninho de cobras, um balaio de gatos, um covil de lobos, uma torre de babel onde todo mundo falava uma língua diferente sem ninguém entender o que se dizia. Somente os inteligentes é que mudam de opinião.
Quando o ser humano tem dois ouvidos e apenas uma boca, pressupõe-se que seria para ter a humildade de ouvir mais e a sabedoria de falar menos. Sendo assim, as sucessivas derrotas da oposição teriam de ser atribuídas a alguém e, por pura falta de diálogo, o “insano” e “culpado” pelos fracassos sucessivos do grupo político, num primeiro momento de desequilíbrio ideológico, segundo uma tentativa de mudança da filosofia arcaica para uma, supostamente, mais inovadora da oposição, foi Dr. Carrinho. Isto porque ninguém seria obrigado a filiar-se ou a permanecer filiado a um partido político que vinha sofrendo derrota após derrota. Não obstante, o que muitos dessa minoria queriam era desvencilhar-se de Dr. Carrinho e ascenderem ao poder sem a sua participação como principal figura da oposição.
Só a título de informação, insanidade é fazer as mesmas coisas sem parar e esperar resultados diferentes. Se este for o caso, as vitórias, as derrotas e a própria História é que dirão.
Ademais, todo mundo de Paulista e região circunvizinha sabe que Dr. Carrinho é uma pessoa de decisão, um homem de bem, um cidadão honrado, um pai de família exemplar, um esposo modelo e um adversário político consciente que valoriza e dignifica ainda mais a vitória do seu opositor e a política praticada em si de forma limpa e democrática. Ele faz política em Paulista com o que é seu, sendo, portanto, uma pessoa de princípios, merecedor de todo o respeito por parte de todos e de toda a consideração por parte de muitos. Os únicos eventos que rezaram e que trabalharam contra Dr. Carrinho, e contra a agremiação partidária como um todo, foram divergências constantes dentro do seu próprio partido, falta de diálogo, e um programa de trabalho, uma carta-programa, eficiente que o partido nunca teve.
Diferentemente do amigo verdadeiro que o critica na frente o defende pelas costas, o falso amigo é como a sombra: Ela somente o acompanha quando o sol está brilhando. Em ocasiões específicas, certos indivíduos errados, amigos do poder e inimigos do povo, usam a “democracia” para se esconderem por trás dela e cometerem as maiores atrocidades, covardias e traições para com o seu próximo. Isto posto, com pouco mais de um ano de mandato, o marqueteiro do prefeito, Chagas Valério, promoveu um encontro entre o prefeito de Paulista e a pessoa que venderia a própria mãe ao diabo, à prestação, por 10 cheques sem fundos só para chegar ao poder, o empresário Pererinha, que ficaria conhecido como “o homem das mãos limpas” (talvez por ser proprietário de uma fábrica de sabão). O encontro foi realizado na cidade de Caicó/RN, para negociarem a volta do empresário do sabão para o partido do senhor prefeito.
Toda essa movimentação serviu para mostrar que, sendo a verdadeira política a ciência do bem comum, o “homem das mãos limpas” somente teria as mãos limpas, realmente, por ser dono de uma fábrica de sabão. Mas, a sua consciência política é pútrida, como as demais de sua espécie.
Certa feita, pretendendo o “homem das mãos limpas” candidatar-se ao cargo de prefeito de Paulista, fui até sua empresa em busca de seu apoio para endossar uma reivindicação popular ao então governador do Estado, Cássio Cunha Lima, no tocante à resolução do problema do Abastecimento de Água de Paulista, porque até soa estranho, Paulista ser banhada pelo Rio Piranhas, este perenizado pelo Açude de Coremas/Mãe D'água, e ter um problema de abastecimento tão comum aos outros municípios que não têm essa bênção natural. Logicamente, essa minha ideia teve proêmio na ocasião do comício de encerramento de campanha da Coligação “Por amor à Paraíba”, realizado na noite do dia 17 de Outubro de 2006, na cidade de Paulista, quando Cássio Cunha Lima fizera sua promessa em praça pública e eu comecei a defender minha tese para que servisse como subsídio de cobrança.
Confesso que fiquei muitissimamente decepcionado com a falta de habilidade política desse indivíduo, o “homem das mãos limpas”. Ele pretendia candidatar-se a prefeito de Paulista e, tendo a oportunidade de conquistar pelo menos um voto para sua campanha, disse-me que eu nunca seria nada na vida porque eu era babão do prefeito, Sabiniano, do Vice-Prefeito, Severino de Orismídio e, sobretudo, governador do Estado, Cássio Cunha Lima. É claro que fiquei espantado com tamanha sinceridade e espontaneidade do “homem das mãos limpas”. Todavia, também percebi que, com aquela habilidade para conseguir eleitores, como político, ele seria um excelente fabricante de sabão, nada mais que isto.

CÁSSIO CUNHA LIMA

Cidadão de grande capacidade
Ávido amante da virtude
Símbolo maior da juventude
Ser humano de qualidade
Incomparável personalidade
Ovacionado por nossa gente
Como o verdadeiro regente
Unificador do nosso Estado
Num “coro” bem afinado:
Homem de coração valente
Aclamado como a semente
Linear da nossa esperança
Inspiração e da “obra-prima”
Modelo de louvável mudança
Assim é Cássio Cunha Lima

O “homem das mãos limpas” via o trabalho social e voluntário que eu realizava em Paulista, levando pessoas carentes para fazerem tratamentos, sobretudo, na área da Oftalmologia, em Campina Grande, sem cobrar nada de ninguém, e interpretou que eu seria um “babão” do então prefeito de Paulista e do seu vice-prefeito. Quanto ao então Governador da Paraíba, suponho que o “homem das mãos limpas” chamou-me de “babão”, e não de poeta ou aspirante a poeta, por eu ter feito o singelo acróstico, supracitado, de Cássio Cunha Lima. Como o “homem das mãos limpas” sempre almejou, digo, invejou ser prefeito de Paulista, até por isto, seria elegante e inteligente de sua parte que tratasse a todos que o procurassem com dignidade, humildade e respeito. Todavia, é mais fácil encontrar leite nas tetas de um abutre macho do que humildade e dignidade num “homenzinho” da espécie do “homem das mãos limpas” que, tendo apenas o desejo arrogante de ser alguém respeitado no cenário político municipal já trata as pessoas como se fossem inferiores, imagine só se um indivíduo igual a esse “homem das mãos limpas” fosse algo mais que um fabricante de sabão!
A inveja é uma confissão de inferioridade e a assinatura dos covardes. Nesta mesma linha, a arrogância cega o indivíduo não permitindo que ele veja o lado bom das pessoas. Não por ser mais invejoso do que arrogante, o “homem das mãos limpas” tem o hábito de humilhar a todos que estejam a sua volta. Como amigo do poder e inimigo do povo, ele sempre procurou passar a rasteira em quem estivesse a sua frente para assumir o seu lugar. Foi assim quando ele esteve do lado de Sabiniano, pensando que este fosse escolhê-lo para ser o candidato a prefeito ou, pelo menos, a vice-prefeito no lugar de Severino. Mas, é claro que, não conseguindo apoio para sustentar suas ambições, o “homem das mãos limpas” resolveu tentar a sorte na oposição.
Aí vêm outras questões a serem discutidas que são a dedicação, a fidelidade e a força de sustentação da oposição honrada de Paulista que é Dr. Carrinho. Todos sabem que ele foi o único líder político sem mandato que se manteve firme na manutenção de uma identidade oposicionista. A constatação de que isto realmente aconteceu foi quando da fragmentação do grupo de oposição a partir do ano de 1997 quando Dr. Carrinho se manteve ao lado dos poucos que não se submeteram aos poderosos, isto porque Dr. Carrinho não tem qualquer apego ao dinheiro, pelo contrário, ele tem apego às pessoas dignas, honestas e honradas como ele sempre o foi.
Agora, a verdade deve ser dita em quaisquer “opções”: O “homem das mãos limpas” e o senhor prefeito são grandes amigos. Muitas vezes, eu vi Severino chorando inconsolavelmente por Pererinha, pois queria, de qualquer jeito, que o “homem das mãos limpas” estivesse do seu lado onde ele, Severino, estivesse. Por isto e por muito mais, antes de anunciar a despeito do que ele queria fazer, o senhor prefeito procurava convencer, individualmente, cada um dos integrantes mais influentes de seu partido de que o “homem das mãos limpas”, ou seja, o “dono” da fábrica de sabão, o mesmo que gastara, segundo informações extraoficiais, cerca de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) para comprar os votos e derrotá-lo na campanha política de 2008, iria, novamente, aliar-se a ele, prefeito, e precisava apenas que a Prefeitura Municipal de Paulista pagasse os impostos e multas que a fábrica de sabão devia e, também, arcasse com parte de suas dívidas de campanha.
A questão em pauta significa que, enquanto Dr. Carrinho estava agindo de boa fé, o “homem das mãos limpas” estava passando-lhe a perna. Não eram apenas questões de ordem moral ou de fidelidade partidária, pois envolvia a questão financeira. Dr. Carrinho foi persuadido a emprestar o dinheiro para pagas as custas dos processos movidos pelo “homem das mãos limpas” contra o prefeito, Severino Pereira Dantas, enquanto ele, o empresário do sabão, às escondidas, tentava vender seu apoio político ao próprio prefeito.
Se fosse só uma questão político-partidária envolvendo o “homem das mãos limpas” com Dr. Carrinho até que se poderia apontar uma solução plausível. Mas, a situação fugiu do controle e declinou para o lado pessoal, da família, da própria dignidade do ser humano. Para dar suporte ao que digo, e não, simplesmente, interpretar os fatos para apoiar as minhas próprias conclusões, enquanto o Veterinário Valmar Arruda de Oliveira, filho de Dr. Carrinho e de Dona Jucileide, além de ser Presidente do Diretório Municipal do Partido da República – PR, foi contratado pela empresa de SABÃO e de RAÇÃO DASNEVES para servir como funcionário do “homem das mãos limpas”, Valmar aceitou o cargo não porque precisasse do emprego, mas por uma questão de humildade e para dar o exemplo de unidade partidária. Poucas pessoas teriam dado demonstrações de amizade, de humildade e de benevolência da forma que Valmar as demonstrou para com o “homem das mãos limpas”. Todavia, esse indivíduo, de quem todos os cidadãos de bem devem manter distância, tratou da maneira mais injusta e traiçoeira que se possa tratar a um cidadão honrado da estirpe de Valmar. Quando ele, o “homem das mãos limpas”, alegava dificuldades financeiras solicitou de Valmar para que trabalhasse quatro meses sem receber salário. Como Valmar estava resolvendo todos os problemas da empresa de SABÃO e de RAÇÃO DASNEVES, relativos às suas funções, simplesmente em defesa da unidade do seu grupo político, ele aceitou de bom grado. Porém, o “homem das mãos limpas” contratou, sem notificá-lo de nada, outra pessoa para assumir o cargo de Valmar e se negou a falar com Valmar para lhe explicar o que estava acontecendo rompendo, assim, o único canal de aproximação com Dr. Carrinho. Valmar teria ficado satisfeito se o “homem das mãos limpas” tivesse a habilidade política de ter chegado para ele e falado que não mais precisava dos seus serviços.
Mas, o “homem das mãos limpas” resolveu denegrir a imagem de Valmar perante a opinião pública, o que significa dizer que tudo o que aconteceu a Valmar ainda é reflexo da rasteira política que passaram em Dr. Carrinho, a quem muitos procuram atribuir a derrota acachapante na eleição para prefeito em 2012. Obviamente, se a oposição tivesse logrado êxito em sua empreitada, Dr. Carrinho e sua família estariam sendo execrados tanto quanto estão sendo no momento porque aquele que vive de combater um inimigo político tem interesse em deixá-lo com vida nem que seja apenas para humilhá-lo perante a opinião pública.
Refluindo-se ao cerne da questão, ao caso específico de compra e venda de apoio político nos bastidores do poder, não era apenas o trânsito dos “amigos do poder” e inimigos do povo, de um lado para outro, o que estava em discussão. No caso do “homem das mãos limpas”, que só queria ficar do lado de quem estivesse de cima, uma decisão errada implicaria ou imputaria uma derrota ao prefeito. Se contra fatos não há argumentos, contra parte dessa oposição de Paulista, liderada pelo “homem das mãos limpas”,  constava, e ainda consta, um histórico horripilante de violência, por exemplo, a surra que deram no poeta Diquinho que, segundo o próprio prefeito, o fato de todo mundo saber quem eram os responsáveis por esse crime, não era motivo suficiente para ele, como prefeito de Paulista, recusar o apoio de seu amigo, o “homem das mãos limpas”: Pererinha. Ainda, segundo Severino Pereira Dantas, “o poeta Diquinho é que tivesse tido o cuidado de apanhar e guardar o segredo, pois não iria deixar de fazer política por causa de uma surra sofrida por ele, Diquinho, falar demais com a música do aviãozinho”.
De certa forma, sem um acordo financeiro para comprar o apoio político do “homem das mãos limpas”, a frustração de todos foi muito acachapante. A primeira grande frustração foi, sem dúvida, de Chagas Valério, partindo-se do pressuposto que ele ficou sem uma boa comissão financeira que receberia sendo o mediador desse acordo entre o “homem das mãos limpas”, Pererinha, e o prefeito mentiroso, Severino, além de permanecer no poder, de onde não larga o osso desde quando invadiu Paulista no início da década de 80, caso o “homem das mãos limpas” fosse aceito pelos integrantes do PTB. No entanto, o “homem das mãos limpas” foi rejeitado pela grande maioria dos eleitores que compõem este partido. Outro frustrado foi o próprio “homem das mãos limpas” que, sabendo que Severino faz tudo pelos seus familiares e adversários políticos e despreza quem votou e trabalhou para que ele fosse eleito, não teria suas dívidas pagas pelo prefeito e ninguém mais o considerava amigo ou inimigo político. E, sem quaisquer sombras de dúvida, Severino Pereira Dantas também ficou deveras frustrado porque pretendia, com a compra do apoio político do “homem das mãos limpas”, eliminar alguma resistência da oposição já fragmentada, totalmente destruída na sua ideologia partidária, sobretudo, levando o vereador de maior destaque em Paulista, Possidônio Fernandes de Oliveira Filho, para o seu lado e deixando o Poder Executivo sem qualquer fiscalização.
No caso de alguns membros do PTB que não aceitaram a união com o “homem das mãos limpas”, o senhor prefeito teve que acatar a decisão da grande maioria. Em relação à oposição, o único consenso que houve em todo esse caos foi a reunião de sete vereadores para continuarem lutando por um poder que nunca tiveram e, não conseguindo depor o prefeito Severino de seu cargo, no mínimo, cada um dos membros da oposição queria ser eleito prefeito de Paulista numa próxima eleição porque Dr. Carrinho só não fora eleito apenas por um detalhe.
No clima de traições, de inveja explícita por parte de quem mata e morre para chegar ao poder, a oposição, em oposição à própria oposição, “escolheu”, “impôs”, submeteu, de forma irracional, o nome da vereadora Maria Laurenice Pereira de Oliveira para disputar e perder a eleição para Severino Pereira Dantas. Pela incompetência da oposição de Paulista em preservar os antigos e conquistar novos eleitores, a vereadora Laurenice foi massacrada, humilhada publicamente pelo rolo compressor da política de Paulista, chamado Severino, com uma das maiores surras de votos da História deste município. Porém, a vitória mais recente de Severino foi a própria “escolha” da vereadora Laurenice para ser sua concorrente, partindo-se do pressuposto que Laurenice não mais seria vereadora a partir da legislatura que teria início no ano de 2013. A oposição de Paulista jamais teria outra oportunidade de insultar a espécie humana com tamanho ato de desinteligência: Escolher a vereadora Laurenice para perder a eleição para Severino de forma tão vexatória.
Dadas às circunstâncias, a decisão de parte da oposição de Paulista de apresentar o nome de outra pessoa (que não era Dr. Carrinho) para disputar as eleições de prefeito em 2012 com Severino, já que a outra parte da oposição passou para o lado do prefeito e outra parte considerável sempre foi fiel a Dr. Carrinho, foi mais uma decisão precipitada, forçada, desesperada e desinteligente do que qualquer outro sinônimo que possa qualificá-la. Motivado pela falta de diálogo, é o que se pode chamar de “abraço dos afogados”: Quando alguém está afogando-se no oceano revolto da vida, na tentativa de sobreviver, ele se agarra a qualquer coisa, até mesmo a uma serpente venenosa; e, se houver outros indivíduos em igual situação, todos eles se agarram uns aos outros e morrem unidos pela sua própria desunião, o que constitui, efetivamente, o abraço dos afogados. E o senhor prefeito festejou sua vitória antecipadamente, pois os seus adversários políticos derrotaram-se a si próprios.
Apesar de ter sido vítima de perseguição política e ter passado 87 dias preso a mando do Padre Solon Dantas de França, historicamente falando, vale a pena lembrar a sua figura política, pois foi sob sua direção que, à época, aconteceu uma grande revolução administrativa em Paulista a partir da aquisição e implantação de obras sociais, tais como creche, escola e hospital em nosso município. O Padre Solon, até certo ponto da história, conseguiu conciliar administração, política e religião. Era um homem de visão política que, apesar dos seus muitos defeitos, sabia “o que era bom e o que era ruim” para ele próprio e para Paulista. Neste ínterim, se o Padre Solon, com sua visão política aguçada, soubesse que Severino Pereira Dantas seria o melhor para Paulista, ele o teria apoiado na candidatura ao cargo de prefeito deste município desde 1988 em vez de apoiar um forasteiro. No entanto, o Padre Solon conhecia verdadeiramente a Severino e sabia que se ele chegasse ao poder, como chegou, seria um ditador, como é, falso mentiroso e perseguidor. Assim, não se pode negar a austeridade estratégica do Padre Solon, quase uma ojeriza a determinadas figuras, nem que era um líder que tinha flexibilidade política e que, por isto mesmo, era líder. A habilidade, a flexibilidade política do Padre Solon era tamanha que ele chegou ao extremo de apoiar a candidatura de seu maior adversário político, Dr. Carrinho, para o cargo de prefeito de Paulista no ano de 2.000, mas não apoiou Severino. O Padre Solon fez isto porque sabia fazer política e também que, mesmo sendo adversário político, Dr. Carrinho seria melhor administrador que Severino.
Assim, como política é o jogo da inteligência e da conveniência, para que a oposição de Paulista deixasse de ser oposição e ascendesse ao poder seria necessário que houvesse uma incomensurável inversão de valores, uma desmesurada mudança de pensamento ou que se praticasse o jogo político com inteligência e conveniência, em benefício do bem-estar coletivo. Mas, o jogo que o atual grupo de oposição pratica, além de tentar sobreviver à custa das migalhas do fracasso alheio, é o jogo do quanto pior melhor e da paciência, da paciência do sapo que é colocado na água fria e, enquanto essa água é aquecida, ele não se mexe e vai sendo cozinhado lentamente até que morre sem saber porque foi que morreu. Portanto, sua filosofia ou plataforma política é um aborto de si mesma, um sistema politiqueiro totalmente medíocre que tem dentro de si a semente da própria destruição.
O eleitorado de Paulista, formado por uma parte de “Maria vai com as outras”, até mesmo um pouco mais de 3.994 votantes ou 49,07% dos eleitores que, por não ter uma realidade palpável ou uma esperança promissora com que se agarrar, evadiu-se, sobretudo, de seus raquíticos e desnutridos ideais. Muitos deles transferiram o domicílio eleitoral, principalmente, para São Bento e cidades circunvizinhas; outros, sob a premissa de que “em terra de sapos, de cócoras com eles”, aliaram-se ao senhor prefeito e, ainda, outra parte considerável desses eleitores da oposição, por medo de mais uma derrota certa, evidente, inevitável, estando ciente da desunião da oposição, preferiu anular o voto ou não votar em nenhum dos candidatos.
Um grande homem demonstra sua grandeza pela forma como trata os pequenos. Assim sendo, mesmo precisando ser reeleito para um segundo mandato, a tônica da administração de Severino, no período 2009/2012, foi não fazer nada por ninguém de Paulista, que não fosse de seu ciclo familiar, e dizer que a oposição o impedia de trabalhar, o que indica que é bem mais fácil encontrar leite nas tetas de um abutre macho do que dignidade, humanidade e humildade em Severino, que era uma pessoa tão boa antes de ser prefeito, ou pensava-se que fosse. Todavia, tornou-se um político, perdendo o senso de humanidade e a noção do certo e do errado, do direito e do dever, pois quem quer fazer alguma coisa encontra um meio para fazer; ao mesmo tempo em que quem não quer fazer nada encontra uma desculpa para não fazer.
Sendo a confiança do ingênuo a arma do mentiroso, vive-se em Paulista, como se percebe, um Sistema Político de Escravidão, totalmente ditatorial e antidemocrático. Depois que Severino foi eleito prefeito, quem queria trabalhar pelo desenvolvimento e engrandecimento de Paulista foi algemado com as mãos para trás, impedindo de lutar por um futuro melhor para seus munícipes. Se fosse o caso desses cidadãos de bem serem algemados com as mãos para frente, poderiam coçar o nariz ou enxugar as lágrimas de arrependimento pelo fato de terem votado nele, Severino Pereira Dantas, a maior decepção política que este município já teve em toda sua história. Todavia, o poder que se tem, ou que se acha ter, outorgado ou emanado de terceiros, é muito bonito sob os princípios democráticos. Agora, esse poder, como espaço abstrato que nunca fica vazio, é passageiro no veículo do destino e do tempo e semelhante a um risco feito na areia da praia: quando a onda, o vento ou o próprio tempo passarem será apagado da areia por ser apenas um risco insignificante.
Observando-se o marasmo em que se tornou a política de Paulista, percebemos como somos muito pobres quanto à questão de homens públicos que tenham capacidade administrativa, dignidade humana e respeito pela coisa pública, pois, na guerra declarada pelo poder em Paulista, aqueles que têm espírito de porco, sangue de barata e mentalidade de urubu e que matam e morrem, literalmente, por um poder que acham que têm ou que aspiram ter num fantástico mundo de faz de conta, mundo esse governado pela falta de caráter e pelo pensamento ditatorial, a política separada da moral trai aqueles que a apoiam. Obviamente, o poder não é propriedade de quem quer que seja e não pode ser registrado em nome de ninguém. É apenas um valor subjetivo atribuído ao ser (humano) corruptível, influenciável, manipulador que se compraz em achar meios de tornar inferior o seu semelhante e se manter nesse espaço abstrato que nunca fica vazio.
Mas, se for para destacar obras da pífia administração de Severino, não exatamente pela ordem dos acontecimentos dos fatos, houve três casos recentes de corrupção ativa em Paulista que, por si só, se não vivêssemos num país onde, com raríssimas exceções, só não é corrupto quem não tiver oportunidade de ser, seriam motivos de cassação de mandato e prisão para os seus praticantes pelo resto de suas vidas desonestas: O CONCURSO PÚBLICO MUNICIPAL, O CASO DOS FALSOS MÉDICOS E A CONSTRUÇÃO DAS CASAS POPULARES.
O CONCURSO PÚBLICO MUNICIPAL: Foi realizado pelo senhor prefeito dentro dos padrões normais, ou seja, o mais desonesto possível. Houve fraude na licitação pública, vencida pela empresa Mult-Sai Concursos e, além do mais, o senhor prefeito comprou vagas para seus parentes e apadrinhados políticos com o dinheiro desviado das inscrições no concurso, ou seja, as pessoas pagaram para serem roubadas pelo gestor público municipal. O senhor prefeito deu emprego a todo mundo de sua família, transformando a prefeitura de Paulista numa empresa familiar, mas deixou algumas vagas para acalmar um ou outro que não aceitasse a ditadura municipal.
O CASO DOS FALSOS MÉDICOS: O desvio de recursos da Saúde de Paulista foi mal planejado pelo gestor público municipal, isto sob a pedagogia do “tudo para mim e nada para os outros”, pois, aproveitando-se da falta de profissionais na área, ele contratou falsos médicos e estudantes de Medicina, que ainda não haviam concluído nem mesmo o 3° Período de seus cursos, para dividir com eles o salário superfaturado, algo em torno de R$ 1.000,00 por dia trabalhado e, também, para agradar aos pais desses estudantes que formam o Conselho Regional de Medicina da Paraíba. Todavia, para que a farsa do gestor público municipal não fosse descoberta, ele deu uma de vítima e, até, denunciou os seus comparsas, os falsos médicos e estudantes de Medicina, além, é óbvio, de alertar o CRM da Paraíba para entrar com uma denúncia de mentirinha contra os indivíduos não habilitados que estavam atuando como médicos e usando carimbos falsificados no Hospital Municipal Emerentina Dantas. Além de tudo isto, o senhor prefeito forjou uma licitação pública para desviar recursos da Pasta da Saúde, contratando o advogado Francisco Cavalcante Filho para defendê-lo nos processos de corrupção ativa, desvios de verbas da Saúde e improbidade administrativa movidos contra ele.
Recentemente, o senhor prefeito foi condenado pela 2ª CÂMARA do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA e, por isto, deveria ir direto para a prisão. A 2ª Câmara do TCE-PB julgou procedente, à unanimidade, na sessão do último dia 23/04/2013, uma denúncia de contratação de falsos médicos por parte do atual prefeito de Paulista, Severino Pereira Dantas, para atuar no Hospital Municipal Emerentina Dantas.
O relator do caso foi o conselheiro André Carlo Torres Pontes que acompanhando o parecer do Ministério Público, imputou débitos e multas ao gestor que juntos somam mais de 153 mil reais.
O relator do processo e o Ministério Público ainda indicaram, na decisão, que o Tribunal de Contas represente o atual prefeito de Paulista-PB junto à Procuradoria Geral de Justiça do Estado para que tome as medidas cabíveis quanto à prática dos atos ilegais praticados pelo gestor que gerou danos graves ao erário público.
A decisão está publicada na edição da quinta-feira, dia 02/05 do Diário Oficial do TCE-PB.


EXTRATO DA DECISÃO:

Ato: Acórdão AC2-TC 00785/13
Sessão: 2673 - 23/04/2013
Processo: 14772/11
Jurisdicionado: Prefeitura Municipal de Paulista
Subcategoria: Denúncia

Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos do Processo TC 14772/11, referentes à denúncia sobre a contratação de profissionais de saúde (médicos) sem qualificação técnica, registro no conselho profissional e diploma de graduação em medicina, praticadas pelo gestor municipal, o Senhor SEVERINO PEREIRA DANTAS, durante os exercícios de 2009, 2010 e 2011, ACORDAM os membros da 2ª CÂMARA do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (2ªCAM/TCE-PB), à unanimidade, nesta data, na conformidade do voto do Relator, em:
1) CONHECER da presente denúncia para, no mérito, julgá-la PROCEDENTE;
2) IMPUTAR DÉBITO, no valor de R$ 16.200,00 (dezesseis mil e duzentos reais), solidariamente, contra o Sr. SEVERINO PEREIRA DANTAS e contra o Sr. KAIOBRUCE SORY MEDEIROS DE MACEDO, correspondente aos valores pagos pela prestação de serviços de plantões médicos a pessoa sem qualificação técnica;
3) IMPUTAR DÉBITO, no valor de R$ 46.200,00 (quarenta e seis mil e duzentos reais), solidariamente, contra o Sr. SEVERINO PEREIRA DANTAS e contra o Sr. ALYSSON GOMES LUSTOSA, correspondente aos valores pagos pela prestação de serviços de plantões médicos a pessoa sem qualificação técnica;
4) IMPUTAR DÉBITO, no valor de R$ 23.900,00 (vinte e três mil e novecentos reais), solidariamente, contra o Sr. SEVERINO PEREIRA DANTAS e contra o Sr. LEONARDO RODRIGUES COURA, correspondente aos valores pagos pela prestação de serviços de plantões médicos a pessoa sem qualificação técnica;
5) IMPUTAR DÉBITO, no valor de R$ 1.600,00 (um mil e seiscentos reais), solidariamente, contra o Sr. SEVERINO PEREIRA DANTAS e contra o Sr. JOSÉ CASSIMIRO DA SILVA NETO, correspondente aos valores pagos pela prestação de serviços de plantões médicos a pessoa sem qualificação técnica;
6) IMPUTAR DÉBITO, no valor de R$ 6.300,00 (seis mil e trezentos reais), solidariamente, contra o Sr. SEVERINO PEREIRA DANTAS e ao Sr. HUMBERTO DE ALMEIDA LIMA FILHO, correspondente aos valores pagos pela prestação de serviços de plantões médicos a pessoa sem qualificação técnica;
7) IMPUTAR DÉBITO, no valor de R$ 5.250,00 (cinco mil, duzentos e cinqüenta reais), solidariamente, contra o Sr. SEVERINO PEREIRA DANTAS e ao Sr. RAONI DE ARAÚJO LIMA, correspondente aos valores pagos pela prestação de serviços de plantões médicos a pessoa sem qualificação técnica;
8) APLICAR MULTAS correspondentes a 50% (cinquenta por cento) dos danos causados ao erário, com base na CF, art. 71, VIII, e LOTCE/PB, art. 55, em favor do Município de Paulista: de R$ 49.725,00 (quarenta e nove mil, setecentos e vinte e cinco reais) ao Sr. SEVERINO PEREIRA DANTAS; de R$ 8.100,00 (oito mil e cem reais) ao Sr. KAIOBRUCE SORY MEDEIROS DE MACEDO; de R$ 23.100,00 (vinte e três mil e cem reais) ao Sr. ALYSSON GOMES LUSTOSA; de R$ 11.950,00 (onze mil, novecentos e cinquenta reais) ao Sr. LEONARDO RODRIGUES COURA; de R$ 800,00 (oitocentos reais) ao Sr. CASSIMIRO DA SILVA NETO; de R$ 3.150,00 (três mil, cento e cinqüenta reais) ao Sr. HUMBERTO DE ALMEIDA LIMA FILHO; de R$ 2.625,00 (dois mil, seiscentos e vinte e cinco reais) ao Sr. RAONI DE ARAÚJO LIMA;
9) ASSINAR-LHES prazo de 60 (sessenta) dias para recolhimento voluntário dos débitos e das multas (itens de 2 a 8) ao Tesouro Municipal de Paulista, de tudo fazendo prova a este Tribunal, sob pena de cobrança executiva, de tudo fazendo prova a este Tribunal;
10) APLICAR MULTA de R$ 4.150,00 (quatro mil, cento e cinquenta reais) ao Sr. SEVERINO PEREIRA DANTAS, com fundamento no art. 56, incisos II e III , da Lei Orgânica deste Tribunal- LOTCE/PB, assinando-lhe o prazo de 60 (sessenta) dias para recolhimento voluntário da multa ao Tesouro do Estado, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, de tudo fazendo prova a este Tribunal, sob pena de cobrança executiva;
11) REPRESENTAR à Procuradoria Geral de Justiça para que adote as medidas civis e penais cabíveis, acerca dos fatos ocorridos no Município de Paulista, acima expostos;
12) REPRESENTAR ao Conselho Regional de Medicina para que adote as medidas cabíveis;
13) RECOMENDAR ao Prefeito Municipal de Paulista, no sentido de observar às normas legais com abertura de concurso público a fim de contratar Médicos, de acordo com as necessidades da municipalidade;
14) DETERMINAR a instauração de processos específicos, para cada ente jurisdicionado (Municípios de Logradouro, São Bento, Cacimba de Dentro, Casserengue, Soledade, Caaporã e Caiçara), com intuito de averiguar as contratações e a prestação de serviços por parte das mencionadas pessoas; e
15) COMUNICAR à denunciante (Câmara Municipal de Paulista) o teor desta  decisão.

Registre-se, publique-se, comunique-se e cumpra-se.
TCE – Sala das Sessões da 2ª Câmara.
Mini-Plenário Conselheiro Adailton Coelho Costa.
João Pessoa, 23 de abril de 2013.

Conselheiro Antônio Nominando Diniz Filho
Presidente
Conselheiro André Carlo Torres Pontes
Relator
Subprocuradora-Geral Elvira Samara Pereira de Oliveira
Representante do Ministério Público junto ao TCE

A CONSTRUÇÃO DAS CASAS POPULARES: Pensando que seria denunciado pelos Vereadores da Oposição de Paulista, o senhor prefeito determinou que as casas populares, do Programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, fossem construídas próximas ao Matadouro Público Municipal, para que ninguém suportasse a fedentina, e debaixo da rede de alta tensão da Energisa. Se, por infelicidade dos ocupantes dessas residências, um cabo da rede de alta tensão chegasse a romper-se no período das chuvas, todos que estivessem em torno de 500m² morreriam eletrocutados, segundo informações de engenheiros da própria Energisa. Mas, como depois da esperada denúncia, as casas teriam de ser demolidas e a culpa recairia sobre os vereadores da oposição, o projeto era para construir uma pequena favela, com casas sem espaço para locomoção, reduzidas na altura, na largura e no comprimento. Além do mais, na casa, não cabe uma cama e não se pode armar uma rede, pois sua edificação não tem nenhuma segurança, ou seja, as casas são feitas sem nenhuma viga de ferro nas inexistentes colunas de sustentação e com materiais de construção de qualidade inferior. Acontece que nem os Vereadores nem o Ministério Público denunciaram o gestor público, uns para não perderem votos e outros para não perderem o apoio financeiro do senhor prefeito. O impressionante é que, mesmo sendo irregular, pelo que se sabe, a Caixa Econômica Federal receberá a obra sem nenhuma contestação.
Neste ínterim, quem teria, supostamente, a competência, a função e a obrigação de fiscalizar as irregularidades na construção das casas populares, do Programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, a exemplo da Câmara de Vereadores, do Ministério Público e da Caixa Econômica Federal, nada fizeram e, no caso de crime contra o erário público, foram coniventes, partícipes do mesmo esquema fraudulento. O único que teve a coragem e a ousadia de denunciar tais irregularidades através deste Blog: http://abelmetacritica.blogspot.com, fui eu. Admoesto que o mais corajoso dos atos ainda é pensar com a própria cabeça. Todavia, se fechássemos os olhos aos defeitos dos outros, tendo em conta apenas suas boas qualidades, acharíamos o bem e a benevolência em toda parte. Acontece que, entre passar a mão na cabeça de um criminoso e defender o direito de suas vítimas, escolho defender os atrofiados mentais.
Denunciei, no meu blog, não o senhor prefeito, mas as irregularidades de seu mandato para que ele se corrigisse e fizesse o que era certo. Porém, passei a ser ameaçado de morte por pessoas ligadas à oposição de Paulista, que queriam se aproveitar da oportunidade, pois sempre há quem se beneficie da miséria alheia, e por pessoas ligadas ao senhor prefeito, inclusive, uma pessoa do ciclo familiar de Severino Pereira Dantas identificada no instante em que eu registrava o BOLETIM DE OCORRÊNCIA POLICIAL nº 048/2012, no dia 29 de maio de 2012, na Delegacia de Polícia Civil de Paulista.
As ameaças de me baterem ou me matarem prosseguiram incessantemente, mesmo depois de ter registrado o BOLETIM DE OCORRÊNCIA POLICIAL nº 048/2012, no dia 29 de maio de 2012, na Delegacia de Polícia Civil de Paulista. No entanto, vendo que não me intimidariam com as ameaças de morte para que eu parasse de divulgar através do meu blog o que o prefeito de Paulista estava fazendo de errado, ele, Severino Pereira Dantas, e seus puxa-sacos botaram toda a minha família contra mim para que todos votassem em Severino. Ora, eu sei que guardar ressentimentos é como tomar veneno e esperar que outra pessoa morra. Mas, o que o senhor prefeito fez e permitiu que fosse feito com meu pai não é passível de perdão: Ele, Severino Pereira Dantas, e seus comparsas pressionaram meu pai, Vicente Alves de Farias, doente cardíaco, para que eu me humilhasse a ele e dissesse que “o prefeito de Paulista é um cidadão de bem” até que o meu pai teve um infarto e morreu no dia 21 de outubro de 2012.
Depreendendo-se certo esforço para adelgaçar o intelecto, percebe-se que o que Severino queria mesmo era fortalecer seu sobrinho e herdeiro político, vereador Nilton Dantas Monteiro Filho, com um grande montante de votos para que ele, Niltinho, continuasse sendo o único, dentre todos os outros, a ter vez e voz dentro do partido e fosse escolhido por unanimidade como o sucessor do atual prefeito, Severino Pereira Dantas, em 2016 para continuar o seu projeto de se manter no poder por quarenta anos.
Todas as “adesões” que o prefeito recebeu durante o período eleitoral, os votos para vereador foram pedidos ou comprados para o vereador Niltinho. Ah, e quanto à liberdade de expressão dentro do partido, Severino contava uma piada, todos só faltavam morrer de rir e terminava tudo bem. Ele, Severino, como prefeito e dono do partido faria o possível e o impossível para ter o vereador Niltinho como único candidato a prefeito de Paulista depois que ele usufruísse de tudo o que a prefeitura pudesse lhe oferecer como empresa familiar. Para tal, com a divergência de ideais que houve na oposição, Severino já não estava preocupado com sua campanha política e sim, interessado em comprar votos para que o seu sobrinho, Nilton Dantas Monteiro Filho fosse, novamente, o vereador mais votado da história de Paulista. De início, Severino buscava comprar apenas votos da oposição e, principalmente, dos vereadores Josefina Saldanha Veras e Possidônio Fernandes de Oliveira Filho, chegando a oferecer a quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a cada um dos eleitores que dissesse que deixaria de votar em Possidônio e votaria em seu sobrinho, Niltinho. É claro que, em época de campanha eleitoral, voto é uma mercadoria extremamente bem procurada e, quem vende não diz que vendeu e quem compra não diz que comprou, isto porque, segundo a legislação em vigor, vender e comprar votos são crimes eleitorais.
Talvez, o maior crime eleitoral praticado por Severino nessa campanha de 2012 não tenha sido a compra de votos dos vereadores opositores, já que o objetivo do senhor prefeito era eleger os nove vereadores da Situação, se fosse possível, e derrotar, consequentemente, todos os candidatos da Oposição. Creio que um dos maiores crimes eleitorais praticados por Severino nessa campanha de 2012 foi a compra de eleitores do vereador Avelino Nogueira da Silva, chegando ao preço de R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais) para que votassem no vereador Nilton Dantas Monteiro Filho.
O resultado das eleições de 2012 em Paulista levou o prefeito Severino Pereira Dantas para mais 4 anos de mandato. Severino foi reeleito com 4.324 votos, 54,43% dos votos válidos enquanto que a candidata Maria Laurenice obteve 3.620 votos, 45,57% dos votos válidos. Severino “ganhou” a eleição com 704 votos de diferença para Laurenice.
Já para a composição do Poder Legislativo Municipal, a Oposição obteve 3.046 votos, elegendo quatro vereadores enquanto que a Situação obteve 4.452 votos (1.406 votos a mais que a oposição), elegendo cinco vereadores.
A rivalidade política em Paulista é tão acirrada que as pessoas chegam a perder o respeito umas pelas outras. Há uma lei subentendida que compele quem integrar um partido político a nem mesmo conversar com pessoas de outro partido. Mas, para ascender ao Poder, fazem-se cada coisa que até Deus duvida.
Não obstante à realidade dos fatos, sabendo-se que não há fatos eternos como não há verdades absolutas, o que há são gravíssimas implicações morais concernentes aos seres que se dizem humanos, mas que não passam de parasitas do povo e “amigos do poder”. Assemelhar-se-ia, tal situação, à “tragedia canibal” da gravidez da fêmea do tubarão branco que, ainda estando no útero materno, os filhotes devoram-se uns aos outros até que restem apenas os mais fortes. E, quando nascem, os filhotes têm que fugir da própria mãe para não serem devorados por ela. E salve-se quem puder.
O porquê da alusão a um fato natural da “guerra da sobrevivência” é que, em Paulista, deve-se estar pronto para matar ou morrer e quem não trapacear para chegar à frente, mesmo assim, também sucumbirá à desonestidade do sistema predatório em vigor.
É profícuo salientar que, assim que são eleitos pelo voto popular, os vereadores procuram e são procurados pelos principais líderes partidários e marqueteiros políticos de plantão para negociarem o seu apoio, o seu voto, o que os transforma, aos olhos dos eleitores enganados, em verdadeiros farrapos de seres humanos, pois aquele que se vende vale menos do que recebe. Dentre esses vereadores, há duas espécies distintas: Os vereadores da oposição e os vereadores do prefeito e, havendo uma espécie de dominação psicológica e hipnótica, os vereadores da oposição acusam o prefeito de não fazer nada, além de roubar, e os vereadores do prefeito defendem o chefe do Executivo Municipal das acusações dos vereadores da oposição. Assim, eu vejo muita gente lutando para chegar ao poder e vejo muita gente lutando para permanecer no poder, mas não vejo ninguém lutando pelo povo.
Além de ser Agente Administrativo da Câmara Municipal de Paulista desde 05/11/2002 e de ser crítico e metacrítico, sou defensor da democracia e da paz, procurando respeitar a todos, confiar em poucos sem ser injusto com ninguém. Neste sentido, sabendo da rivalidade político-partidária que há neste lugar, prevendo o que poderia acontecer em Paulista no dia da eleição da Nova Mesa Diretora da Câmara Municipal, mesmo estando de férias, dei experiente nos dias 28, 29 e 31 de dezembro de 2012, na companhia da secretária da Câmara, esperando que o vereador Nilton Dantas Monteiro Filho fosse registrar a chapa, a candidatura à Presidência da Câmara, de acordo com os preceitos do Regimento Interno da Câmara e da Lei Orgânica Municipal, através de requerimento encaminhado à Presidência da Casa Legislativa até às 17:00h do último dia útil antes do pleito.
No sábado, dia 29/12/2012, na tentativa de alertar o vereador Nilton Dantas Monteiro Filho para que ele fosse registrar a chapa, fiz várias ligações para o seu celular, mas ele não quis atender. Já no domingo, dia 30/12/2012, consegui falar com o vereador, porém, expressando sua ignorância e arrogância, ele me disse, quase que meio educadamente, que eu não me metesse porque aquele assunto não me dizia respeito. Eu fiz o que fiz porque, no final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos.
Na segunda-feira, dia 31/12/2012, a única chapa que havia sido registrada dentro do prazo regimental foi a chapa da oposição, que teve como candidato o vereador Cícero Alves Matias (PR).
O vereador Nilton Dantas Monteiro Filho (PTB) concorreu a presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Paulista por uma chapa que não fora registrada no prazo que determinam o Regimento Interno da Câmara e a Lei Orgânica Municipal. Mesmo assim, o vereador mais votado, Avelino Nogueira da Silva, que também fazia parte da chapa,  recebeu o registro da chapa fora do prazo regimental, o que incorreria em falta de decoro parlamentar e, por isto, o vereador Avelino Nogueira da Silva deveria ter o mandato cassado.
Os vereadores da oposição entraram com recurso na Justiça para que fossem respeitados tanto o Regimento Interno da Câmara como a Lei Orgânica Municipal, conseguindo lograr êxito, de início, em Primeira Instância, assumindo, interinamente, a Presidência da Câmara Municipal de Paulista o vereador Possidônio Fernandes de Oliveira Filho, o mais votado dentre os vereadores que não estavam inscritos na chapa irregular. Possidônio ficou responsável para realizar a nova eleição da Mesa Diretora da Câmara, dessa feita, com apenas a chapa que havia sido registrada dentro do prazo regimental.
De acordo com o que reza o Art. 4° do Regimento Interno da Câmara: No dia 1° de janeiro do ano subsequente ao da eleição, os vereadores reunir-se-ão na Sede da Câmara, em sessão solene, para compromisso e posse, conforme estabelece a Lei Orgânica do Município. O compromisso que será lido pelo Presidente e por todos ao mesmo tempo é o seguinte:
“PROMETO EXERCER FIELMENTE O MANDATO QUE ORA ASSUMO, RESPEITAR AS CONSTITUIÇÕES FEDERAL E ESTADUAL, A LEI ORGÂNICA E DEMAIS LEIS, TRABALHANDO PARA IMPLEMENTAR O DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO E BEM-ESTAR DE SEUS MUNÍCIPES”.
No entanto, a Sessão Solene de Posse do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores ocorrida no dia 1° de janeiro de 2013 foi, por si só, anticonstitucional, pois os vereadores da Situação, ao fazerem o juramento de posse, já estavam desrespeitando o Regimento Interno da Câmara e a Lei Orgânica Municipal. Mas, o pior ainda estava por vir, pois aquelas autoridades desautorizadas, com a cabeça vazia de tudo e cheia de nada, ao desrespeitarem o Regimento Interno da Câmara e a Lei Orgânica Municipal, além de toda a população do município, incentivaram os alienados sem educação e sem dignidade a promoverem a maior baderna na Sessão Solene de Posse do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores. Ale de insultarem os vereadores da oposição, fizeram uso de bebidas alcoolicas e de drogas afins nas dependências da Câmara Municipal de Paulista e, também, urinaram e defecaram em cima de documentos do Arquivo da Câmara.
Em certas ocasiões, é preciso aprender a aceitar sua impotência diante da força da lei, pois aceitar o que aconteceu é o primeiro passo para superar as consequências de qualquer infortúnio. Entretanto, desde quando Severino candidatou-se a vice-prefeito no ano 2.000, ele já planejava em deixar o seu herdeiro político em seu lugar que é o vereador Nilton Dantas Monteiro Filho. No caso da eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Paulista, todos pensaram que, pelo fato da Situação ter elegido cinco vereadores, o problema estaria resolvido sem terem, sequer, que obedecerem ao Regimento Interno da Câmara e à Lei Orgânica Municipal. Foi aí que Severino teve esse pequeno contratempo, pois ele queria que o vereador Nilton Dantas Monteiro Filho fosse o Presidente da Câmara Municipal de Paulista para, no caso de Severino ter o seu mandato cassado, já deixaria o seu herdeiro político como prefeito do município.
O terreno do amanhã é incerto demais para os planos, pois quem não quer quando pode, às vezes, não pode quando quer e quem sempre procura mostrar que estar certo termina por agir errado. Um dos factoides de Severino foi “não fazer nada por ninguém de Paulista, que não fosse de seu grupo familiar, o Pentunvirato, e, ainda, botar toda a culpa pelo seu fracasso administrativo nos vereadores idiotas da oposição fragmentada”. Todavia, Severino assumira o compromisso de apoiar a candidatura, em 2016, de um dos três homens mais honrados do município de Paulista depois de tê-lo forçado a assumir uma postural totalmente incompatível com o seu caráter. Mas, como na boca do mentiroso o certo se faz duvidoso, nos bastidores da política indômita, Severino queria que seu sobrinho e herdeiro político, Nilton Dantas Monteiro Filho, Niltinho, fizesse um bom trabalho na Presidência da Câmara para ser escolhido por unanimidade como o próximo candidato a prefeito de Paulista nem que fosse por meio de uma pesquisa dirigida. Niltinho não é má pessoa, é apenas, de certa forma, um pobre arremedo de Severino.
Sob a máxima de que o que tem de ser tem muita força, para qualquer indivíduo que tenha pelo menos um pequeno lampejo de consciência, tornar-se um homem honesto é poder estar certo de que haverá menos um patife no mundo. Porém, o lobo pode mudar o pelo, mas jamais mudará a índole.
Talvez, as minhas vãs palavras sejam cultura demais para pessoas de mentes retrógradas que pensam em ganhar eleitores ou eleições apresentando apenas mentiras como plataforma de campanha e denegrindo a imagem de um cidadão de bem para que ele próprio seja considerado o “bonzinho” enquanto que a confiança do cidadão “inocente”, vítima de trapaças, não passa de uma arma nas mãos do político mentiroso. Este prognóstico advém do comportamento do senhor prefeito, enquanto homem público, que teve a “competência” política de se fazer acreditar por pessoas que ostentam a ilusão de moralizar a política de Paulista. O senhor prefeito ainda teve, em parte, a “inteligência” de se aproveitar dos conflitos internos na oposição para se manter no poder.
Destarte, ou a oposição de Paulista pensa grande e faz por onde merecer a confiança e o respeito do eleitorado ou jamais passará de oposição e somente será percebida quando for para ser pisada e esmagada pelo rolo compressor da situação, que pode ser qualquer um que esteja no comando, de posse das chaves da prefeitura. Todavia, uma oposição de pensamentos medíocres somente obterá êxito em seus propósitos desconexos se houver um milagre e, ainda, se houver alguém merecedor desse milagre. Mas, no caso da ocorrência de um milagre, com a oposição ascendendo ao poder, haveria uma grande injustiça, partindo-se do pressuposto que o povo tem o governo que merece. Isto posto, para muitos sanguessugas do poder ou para outros vermes que se aproveitam das migalhas do fracasso alheio, não é preciso chegarem ao poder para se darem bem à custa da ingenuidade alheia.
Sabe-se que o fato da oposição não ter nenhuma folha de serviços prestada à Paulista, nenhuma proposta política confiável, não impede que certos indivíduos estejam sempre na luta por um poder “quase” que inexistente. O poder é podre, mas é o poder: Uma delícia putrefata ao paladar dos carniceiros. Parece um pouco estranho, mas tem pessoas que se contentam até mesmo com a derrota que, na realidade, não é uma derrota e sim uma pequena vitória na disputa interna da oposição ou o resultado da venda do voto de alguns eleitores para candidatos aventureiros que não têm nenhum compromisso para com Paulista.
No caso da oposição de Paulista continuar com essa briga interna e não se reunir em torno de um candidato de consenso que consiga agregar várias correntes políticas em um pensamento solidário, a expectativa é que esse poder quase que inexistente continue sendo dividido e apenas alguns poucos indivíduos continuem sendo beneficiados como funcionários fantasmas, recebendo assessorias de deputados compradores de votos, enquanto que parte da população votante continue sem assistência e sendo humilhada por parte do prefeito.
A análise da dominação política que se apresenta atualmente em Paulista, em termos de tentativa de sobrevivência da oposição, é feita concernente ao apoio cego e irracional a um político como, por exemplo, o deputado Márcio Roberto. No cômputo geral da coisa pública, sendo política é a arte de dizer coisas que o povo quer ouvir e de fazer coisas que o povo não precisa saber, para continuar se beneficiando da ignorância alheia, o público votante pode continuar acreditando que o deputado Márcio Roberto vai poder candidatar-se novamente ao cargo de deputado. Mas, apesar de Márcio Roberto ter sido eleito na última vaga do seu partido, ele, também, está inelegível e, portanto, impedido pela Justiça eleitoral de se candidatar a qualquer cargo eletivo por oito anos.
Outra alternativa do deputado seria indicar, em seu lugar, como candidato a deputado estadual, o seu filho, o jovem Jullys Rammon Rezende Ramalho da Silva, Jullys Roberto. Jullys Roberto foi candidato a prefeito pelo PMDB em São Bento e não foi eleito. Com 8.955 votos, 41,89% dos votos válidos de São Bento, não seria suficiente para se ter a ilusão de uma vitória, sobretudo, porque houve a diminuição do número de deputados estaduais na Paraíba, passando-se dos atuais 36 para 30 a partir de 2014.
Sendo assim, a partir da Convenção Estadual do PMDB e da constatação de que não poderá ser candidato e nem será desinteligente nem doido de apresentar Jullys Roberto como candidato para ser derrotado novamente, o que vai restar para o deputado Márcio Roberto é vender os votos para um candidato passível de vitória que, provavelmente, será Barão. Aí, volta-se à mesma discussão que não leva ninguém a lugar nenhum: Sem união, sem o poder e sem um candidato de consenso, o que a oposição de Paulista vai fazer para se manter, pelo menos, com certa dignidade?
Todos sabem que o prefeito de Paulista já foi beneficiado pelo candidato Barão com a quantia de R$ 200.000,00 (Duzentos mil reais) e, desta forma, a tendência é que os votos dos seguidores de Severino é que sejam para o candidato que o beneficiou, restando à oposição fragmentada, aliar-se ao prefeito e votar em seu candidato ou ter a dignidade de formar uma aliança com o restante da própria oposição em torno de um nome de consenso.

VÊ-SE

Vê-se, na súcia da cretinice,
Onde o mau-caráter se desdobra,
É cobra engolindo cobra
Tudo em nome da vigarice.
Estão comendo no mesmo cocho
Os que brigavam antigamente.
Tudo fica tão diferente
Quando é hora do arrocho.

Vão-se os velhos corruptores,
Vem os novos corrompidos,
Fica a mesma corja de bandidos
Na mesma escala de valores.
São picaretas aproveitadores
De autoridade travestidos,
Democraticamente escolhidos,
Constituídos pelos eleitores.

Muita gente não percebe,
Não avalia nem entende
Que a pessoa que se vende
Vale menos do que recebe.
É disto que estão rindo
Os fotogênicos dos retratos
E dos cidadãos pacatos
Que acabam se iludindo.

Assim, a melhor classificação
Para os políticos trapaceiros
É a de urubus carniceiros,
Exploradores da nação.
São promotores da corrupção,
Lobos em pele de cordeiros
Dando uma de “milagreiros”
Com promessas de salvação.

De quatro em quatro anos,
De promessa em promessa,
Eles nos levam na conversa
Para executarem seus planos
Sem haver quem nos socorra
Em nossa hora tão crítica,
Tais representantes da política
Só querem que a gente morra.

E se dizem que eu não presto
Por ser com eles desunido
E ter o pensamento definido
Quanto ao político desonesto,
É que não há quem me convença 
Do contrário mar de que se “herda”:
Entre mau político e merda
Eu não vejo qualquer diferença...

Autor: Abel Alves
E-mail: abelmetacritica@hotmail.com
Blog: http://abelmetacritica.blogspot.com

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