O mais corajoso dos
fatos ainda é pensar com a própria cabeça e chegar à fatídica conclusão que para
criar inimigos não é necessário declarar guerra a quem quer que seja, basta
dizer o que pensa, pois, dizendo-se as verdades, perde-se as amizades. Logo, alguém
que, por ventura, ainda preserve um ínfimo resquício de amor próprio, caráter, decência,
dignidade, honra e vergonha na cara não deve habilitar-se a entrar no submundo
obscuro da política partidária para não incorrer no risco iminente de deixar de
ser o que é e se tornar um “político”, digno de adjetivações das mais
depreciativas que lhe são cabíveis.
A partir do instante em que o
homem aprendeu a andar para frente e não se teve a consciência da política como
ciência do bem comum, os representantes da política, como pedagogia “do tudo
para mim e nada para os outros”, tornaram-se especialistas na religiosa arte de
passar a perna e pisar em seus semelhantes, usando-os como escada para subirem
na vida. Assim sendo, ou não sendo assim, político nenhum seria político se não
fosse mentiroso, dissimulado, desprovido de caráter e despido de dignidade,
além de predador da sua própria espécie. Afinal de contas, político é político.
E tenho dito.
Obviamente, toda
comparação é odiosa. Mas, devemos trazer a luz da verdade à política local em
cuja região esquecida por Deus, com raríssimas exceções, os detentores de mandatos
eletivos e de cargos públicos tornaram-se tão desprezíveis que, se tais corruptos
e corrompidos fossem dignos de serem condenados à morte na forca, não deveriam
ser enforcados pelo pescoço e sim pelo saco e transformados em estrume para adubar
a árvore da vida do Belzebu da desonestidade perene a quem servem com tamanha
devoção.
Quando digo que no
Brasil e, particularmente, em Paulista, com raras exceções, só não é corrupto
quem não tiver oportunidade de ser, não me vanglorio em proferir tal filosofia
axiomática. É muito triste para um cidadão consciente, trabalhador honesto, cumpridor
dos seus deveres e pagador dos seus impostos, perceber que a situação política
de Paulista é tão carente da prática de amor ao próximo e de respeito ao ser
humano.
Movido pelos mais
dignos princípios, tendo em vista que a corrupção, além de ser uma epidemia
nacional e um câncer social, sinto, e sinto muito, vivo e sobrevivo vendo, sem
fazer vista grossa, a macabra filosofia popular e populista, impregnada no seio
cancerígeno da sociedade corrompida, que reza: “Em terra de sapos, de cócoras
com eles”, digo, não, não digo, mas digo sem querer dizer o que digo: Em terra
de ladrões, alie-se a eles. Ou, quem será o ignoto? A quem escolherão para o
papel nada original de Cristo?
É fato, e contra
fatos não há argumentos: O tempo não para, isto é óbvio, para que possamos
corrigir os nossos erros. Entretanto, é justamente no óbvio onde mais se erra.
Quanto a isto, não há dúvida e, mesmo se houvesse, por não ser hipócrita, a
minha dúvida honesta e consciente não poderia ser considerada um crime ou,
quiçá, uma tentativa de fraudar a verdade, que só admite uma versão, ela
própria, e dispensa enfeites para ser o que é: filha do tempo, não da
autoridade.
Sendo a verdade a primeira
vítima dos políticos, afirma-se, contundentemente, que política é a arte de
dizer “coisas” que o povo quer ouvir e de fazer “coisas” que o povo não precisa
saber. Desta forma, o problema não estaria nos políticos, mas na ignorância do
povo que não sabe nem procura saber (miopia política) que, mesmo na hipótese de
um estado democrático, onde todos têm direitos e deveres, com raríssimas
exceções, existem duas classes de políticos: Os suspeitos de corrupção e os
corruptos; pois, se os agentes públicos não forem suspeitos de corrupção nem,
de fato, forem corruptos, eles não são políticos, eles são párias, tratados à
margem da sociedade, partindo-se do axioma de que no Brasil só não é corrupto
quem não tiver oportunidade de ser. Por sua vez, esses políticos maquiavélicos dividem
os cidadãos, vítimas das circunstâncias e da sua própria ignorância, em outras duas
classes de objetos de manobra: Instrumentos e inimigos. Destarte, a política é,
talvez, a única profissão para a qual se pensa que não é preciso nenhuma
preparação. Mas, precisa-se, sim! Porque há limites para tudo nesta vida,
exceto para a ignorância, para a arrogância e para o atrofiamento mental, o
povo que o diga: Quanto mais ignorante é o povo, desprovido de inteligência,
maior é a liderança do político corrupto, ladrão da consciência alheia.
Vê-se,
perspicuamente, que o poder é um espaço abstrato que nunca fica vazio e, sob o brocardo de que o poder é podre, mas é o poder: uma delícia
putrefata ao paladar dos carniceiros, qual dentre os abutres sedentos de poder e
glória que, para sobreviver politicamente, não quer sua parte na carniça? No cômputo geral, sempre
há quem se beneficie da miséria alheia e, ao que se sabe, a política tem sua
fonte na perversidade e não na grandeza do espírito humano. Desta forma, a
comunhão de ódios é quase sempre a base das amizades. Assim, todos os amigos
são falsos e os inimigos, verdadeiros nesta que é a ciência das exigências e
arte dos blefes: política partidária. Ou seja, no universo político, deve-se
agir com inteligência e conveniência, temendo-se menos o ataque do inimigo do
que o abraço do amigo falso.
A vitória de uma
facção política é, ordinariamente, o princípio da sua própria decadência pelos
abusos que a acompanham. Todavia, poder-se-ia fazer política com ética e
respeito ao cidadão, com mais assistência e menos assistencialismo. Para tal,
bastaria que o agente político tivesse decência e caráter! No entanto, o homem
é lobo do próprio homem, o que explica sua fome e sede de grandeza e de poder.
Como se sabe, na
eleição de 2008, entre o mistério do desconhecido e o claramente absurdo,
aconteceu uma profecia de calamidade: Severino Pereira Dantas foi eleito
“democraticamente” prefeito de Paulista com 4.042 votos, 50,03% dos votos
válidos, apenas 48 votos de diferença para Carlos Alberto Soares de Oliveira,
Dr. Carrinho que, obviamente, obteve 3.994 votos, 49,07% dos votos válidos.
Naquele momento de guerra declarada pelo Poder, tendo havido um empate técnico,
tanto Severino quanto Dr. Carrinho poderia ter logrado êxito em suas
empreitadas e, pelo fato de haver tão somente uma única vaga em disputa ao
cargo de prefeito, por uma mistura de sorte de Severino e incompetência da
oposição, “ganhou” a prefeitura aquele que mentiu mais e, por isto mesmo, podendo-se
dizer que com um orgulho pouco louvável, recebeu um número de votos maior, simples
assim. Com um orgulho pouco louvável porque, numa observância
literal do terceiro mandamento, "Não usarás o nome do Senhor teu Deus em vão”, Severino e
Galega pediam votos “pelo amor de Deus” para que ele fosse eleito prefeito de
Paulista e, quando isso aconteceu e que as pessoas que votaram nele precisaram
de socorro, sobretudo, na área da Saúde, muitas pessoas receberam um “não” como
resposta porque Severino colocou-se no lugar de Deus e assumiu um papel de um
Deus vingativo e perseguidor.
O cumprimento
dos deveres do agente político para que o cidadão contribuinte tenha acesso a
seus direitos legais é diferente da política assistencialista com fins
eleitoreiros. Como se sabe, quando um candidato é eleito prefeito de uma
cidade, ele se torna prefeito de todos os cidadãos e não apenas do partido pelo
qual foi eleito,isto na teoria. Todavia, em Paulista há uma atemorizante
inversão de valores no que diz respeito à administração pública e uma profunda
falta de respeito para com seus munícipes, além de um verdadeiro insulto a sua
inteligência.
Político bom é aquele
que vence. Mas, nem sempre quem vence é o melhor e, partindo-se do pressuposto
que somos “democraticamente” forçados a escolher os políticos menos ruins, e
não os melhores para nos roubar, digo, para nos governar, já que não existem
políticos bons o suficiente para servir de parâmetro, Severino venceu. Por pura
desonestidade atribuída a um político sem honra, ele venceu não com a dignidade
ou a moral ilibada do campeão municipal de um torneio de PAR OU ÍMPAR? - não
com a consciência tranquila de quem pode recostar a cabeça no travesseiro e
dormir o sono dos justos. Ele é o prefeito de Paulista e, ache ruim quem achar,
pretende passar, no mínimo, 40 anos no poder. Quem duvida disto? Eu não duvido.
Levando-se em
consideração que a derrota de Dr. Carrinho não envergonhou a ninguém enquanto
que Severino foi, é e sempre será a maior decepção de toda a história política
deste município, a política separada da moral trai aqueles que a acompanham. Por conseguinte,
deveríamos respeitar a todos, confiar em poucos sem
sermos injustos com ninguém. Isto seria o ideal político e democrático
no qual todo o indivíduo deveria ser respeitado e nenhum idolatrado. Contudo, o direito constitucional de nos indignarmos com o que
consideramos errado, remete-nos ao seguinte juízo de valor: Com palavras,
julgamos os nossos representantes e, com “atitudes”, eles nos provam que
estamos certos em nosso julgamento. Isto posto, a
atuação de Severino frente a Prefeitura Municipal de Paulista, no seu primeiro
mandato, período 2009/2012, foi aquém do esperado. Foi um tempo de grandes
turbulências políticas no qual Severino passou a atuar apenas com um pequeno
grupo de cinco pessoas, no máximo, que decidiam tudo, o Pentunvirato, sem
dialogar com mais ninguém do partido, ou seja: Severino transformou a
Prefeitura Municipal de Paulista em uma empresa familiar e o partido político,
pelo qual fora eleito, impondo-se no município um pensamento único: o dele, em
uma ditadura impenetrável. No compêndio da coisa pública, ele trabalhou em
benefício próprio, de sua família, de um bando de bajuladores e de alguns
adversários estratégicos, deixando muita gente descontente com sua pífia administração,
mas não ao ponto de Severino temer uma derrota por mais remota que fosse porque
quem vota em corrupto não é vítima, é cúmplice e, quanto mais ignorante,
desprovido de inteligência, é o povo, maior é a liderança do político desonesto,
ladrão da consciência alheia.
Em todo esse
lusco-fusco, antidemocrático e desumano, implantou-se uma nova percepção para
sua estratégia de campanha. Trata-se da velha e famigerada linguagem política
que se destina a fazer com que a mentira soe como verdade e o crime se torne
respeitável, bem como a imprimir uma aparência de solidez ao vento. Porque a
política é a atividade humana que tem por princípio fundamental e indiscutível
tratar do interesse dos outros, depois que seus próprios interesses forem
atendidos, Severino, logo no primeiro ano de seu mandato, apropriando-se de um
senso de poder distorcido, apregoou abertamente que “não iria fazer nada por ninguém
de Paulista, que não fosse de seu grupo familiar, o Pentunvirato, e, ainda,
iria botar toda a culpa nos vereadores idiotas da oposição fragmentada”.
Entretanto, quando
se trata de destruir, todas as ambições se aliam facilmente. Neste
sentido e com o único sentido de ascender ao poder, com o empate técnico ocorrido
na disputadíssima eleição de prefeito em 2008, todo mundo da “oposição”, e cada
um individualmente, achou que poderia tomar à força ou “ganhar” o poder de
Severino sem o menor esforço. Atrevo-me a dizer que a inveja e a ganância são tão
inconvenientes e atrevidas que a pessoa prejudica outras pessoas, inclusive,
através de seu próprio prejuízo. Em vez do partido derrotado apenas por 48
votos de diferença reunir-se em prol da elaboração de um programa de governo,
um trabalho social que servisse de parâmetro para o cidadão avaliar e escolher
a melhor proposta, todos tentaram, com raríssimas exceções, sobreviver das
migalhas do fracasso alheio, na base do “quanto pior melhor”. Sempre foram calcados
na inveja, na intriga, na rivalidade político-partidária, na chantagem,
emocional e financeira, e tortura psicológica entre si, com opositores
derrotados fazendo oposição à própria oposição, cada qual puxando a
brasa para a sua sardinha, dividindo um poder inexistente, e tudo se tornou um
ninho de cobras, um balaio de gatos, um covil de lobos, uma torre de babel onde
todo mundo falava uma língua diferente sem ninguém entender o que se dizia. Somente
os inteligentes é que mudam de opinião.
Quando o ser humano
tem dois ouvidos e apenas uma boca, pressupõe-se que seria para ter a humildade
de ouvir mais e a sabedoria de falar menos. Sendo assim, as sucessivas derrotas
da oposição teriam de ser atribuídas a alguém e, por pura falta de diálogo, o
“insano” e “culpado” pelos fracassos sucessivos do grupo político, num primeiro
momento de desequilíbrio ideológico, segundo uma tentativa de mudança da
filosofia arcaica para uma, supostamente, mais inovadora da oposição, foi Dr. Carrinho.
Isto porque ninguém seria obrigado a filiar-se ou a permanecer filiado a um
partido político que vinha sofrendo derrota após derrota. Não obstante, o que
muitos dessa minoria queriam era desvencilhar-se de Dr. Carrinho e ascenderem
ao poder sem a sua participação como principal figura da oposição.
Só a título de
informação, insanidade é fazer as mesmas coisas sem parar e esperar resultados
diferentes. Se este for o caso, as vitórias, as derrotas e a própria História é
que dirão.
Ademais, todo mundo
de Paulista e região circunvizinha sabe que Dr. Carrinho é uma pessoa de
decisão, um homem de bem, um cidadão honrado, um pai de família exemplar, um
esposo modelo e um adversário político consciente que valoriza e dignifica
ainda mais a vitória do seu opositor e a política praticada em si de forma
limpa e democrática. Ele faz política em Paulista com o que é seu, sendo,
portanto, uma pessoa de princípios, merecedor de todo o respeito por parte de
todos e de toda a consideração por parte de muitos. Os únicos eventos que
rezaram e que trabalharam contra Dr. Carrinho, e contra a agremiação partidária
como um todo, foram divergências constantes dentro do seu próprio partido,
falta de diálogo, e um programa de trabalho, uma carta-programa, eficiente que
o partido nunca teve.
Diferentemente do amigo verdadeiro que o
critica na frente o defende pelas costas, o falso amigo é como a sombra: Ela
somente o acompanha quando o sol está brilhando. Em ocasiões específicas,
certos indivíduos errados, amigos do poder e inimigos do povo, usam a
“democracia” para se esconderem por trás dela e cometerem as maiores
atrocidades, covardias e traições para com o seu próximo. Isto posto, com pouco
mais de um ano de mandato, o marqueteiro do prefeito, Chagas Valério, promoveu um
encontro entre o prefeito de Paulista e a pessoa que venderia a própria mãe ao
diabo, à prestação, por 10 cheques sem fundos só para chegar ao poder, o
empresário Pererinha, que ficaria conhecido como “o homem das mãos limpas”
(talvez por ser proprietário de uma fábrica de sabão). O encontro foi realizado
na cidade de Caicó/RN, para negociarem a volta do empresário do sabão para o
partido do senhor prefeito.
Toda essa
movimentação serviu para mostrar que, sendo a verdadeira política a ciência do
bem comum, o “homem das mãos limpas” somente teria as mãos limpas, realmente,
por ser dono de uma fábrica de sabão. Mas, a sua consciência política é
pútrida, como as demais de sua espécie.
Certa feita,
pretendendo o “homem das mãos limpas” candidatar-se ao cargo de prefeito de
Paulista, fui até sua empresa em busca de seu apoio para endossar uma
reivindicação popular ao então governador do Estado, Cássio Cunha Lima, no
tocante à resolução do problema do Abastecimento de Água de Paulista, porque até soa estranho, Paulista ser banhada pelo Rio Piranhas, este perenizado
pelo Açude de Coremas/Mãe D'água, e ter um problema de abastecimento tão comum
aos outros municípios que não têm essa bênção natural. Logicamente, essa minha
ideia teve proêmio na ocasião do comício de encerramento de
campanha da Coligação “Por amor à Paraíba”, realizado na noite do dia 17 de Outubro de 2006, na cidade de
Paulista, quando Cássio Cunha Lima fizera sua promessa em praça pública
e eu comecei a defender minha tese para que servisse como subsídio de cobrança.
Confesso que fiquei
muitissimamente decepcionado com a falta de habilidade política desse
indivíduo, o “homem das mãos limpas”. Ele pretendia candidatar-se a prefeito de
Paulista e, tendo a oportunidade de conquistar pelo menos um voto para sua
campanha, disse-me que eu nunca seria nada na vida porque eu era babão do
prefeito, Sabiniano, do Vice-Prefeito, Severino de Orismídio e, sobretudo,
governador do Estado, Cássio Cunha Lima. É claro que fiquei espantado com
tamanha sinceridade e espontaneidade do “homem das mãos limpas”. Todavia,
também percebi que, com aquela habilidade para conseguir eleitores, como
político, ele seria um excelente fabricante de sabão, nada mais que isto.
CÁSSIO CUNHA LIMA
Cidadão
de grande capacidade
Ávido
amante da virtude
Símbolo
maior da juventude
Ser
humano de qualidade
Incomparável
personalidade
Ovacionado
por nossa gente
Como
o verdadeiro regente
Unificador
do nosso Estado
Num
“coro” bem afinado:
Homem
de coração valente
Aclamado
como a semente
Linear
da nossa esperança
Inspiração
e da “obra-prima”
Modelo
de louvável mudança
Assim
é Cássio Cunha Lima
O “homem das mãos
limpas” via o trabalho social e voluntário que eu realizava em Paulista,
levando pessoas carentes para fazerem tratamentos, sobretudo, na área da
Oftalmologia, em Campina Grande, sem cobrar nada de ninguém, e interpretou que
eu seria um “babão” do então prefeito de Paulista e do seu vice-prefeito.
Quanto ao então Governador da Paraíba, suponho que o “homem das mãos limpas”
chamou-me de “babão”, e não de poeta ou aspirante a poeta, por eu ter feito o
singelo acróstico, supracitado, de Cássio Cunha Lima. Como o “homem das mãos
limpas” sempre almejou, digo, invejou ser prefeito de Paulista, até por isto,
seria elegante e inteligente de sua parte que tratasse a todos que o
procurassem com dignidade, humildade e respeito. Todavia, é mais fácil
encontrar leite nas tetas de um abutre macho do que humildade e dignidade num
“homenzinho” da espécie do “homem das mãos limpas” que, tendo apenas o desejo
arrogante de ser alguém respeitado no cenário político municipal já trata as
pessoas como se fossem inferiores, imagine só se um indivíduo igual a esse
“homem das mãos limpas” fosse algo mais que um fabricante de sabão!
A inveja é uma
confissão de inferioridade e a assinatura dos covardes. Nesta mesma linha, a
arrogância cega o indivíduo não permitindo que ele veja o lado bom das pessoas.
Não por ser mais invejoso do que arrogante, o “homem das mãos limpas” tem o
hábito de humilhar a todos que estejam a sua volta. Como amigo do poder e
inimigo do povo, ele sempre procurou passar a rasteira em quem estivesse a sua
frente para assumir o seu lugar. Foi assim quando ele esteve do lado de
Sabiniano, pensando que este fosse escolhê-lo para ser o candidato a prefeito
ou, pelo menos, a vice-prefeito no lugar de Severino. Mas, é claro que, não
conseguindo apoio para sustentar suas ambições, o “homem das mãos limpas”
resolveu tentar a sorte na oposição.
Aí vêm outras
questões a serem discutidas que são a dedicação, a fidelidade e a força de
sustentação da oposição honrada de Paulista que é Dr. Carrinho. Todos sabem que
ele foi o único líder político sem mandato que se manteve firme na manutenção
de uma identidade oposicionista. A constatação de que isto realmente aconteceu
foi quando da fragmentação do grupo de oposição a partir do ano de 1997 quando
Dr. Carrinho se manteve ao lado dos poucos que não se submeteram aos poderosos,
isto porque Dr. Carrinho não tem qualquer apego ao dinheiro, pelo contrário,
ele tem apego às pessoas dignas, honestas e honradas como ele sempre o foi.
Agora, a verdade deve
ser dita em quaisquer “opções”: O “homem das mãos limpas” e o senhor prefeito
são grandes amigos. Muitas vezes, eu vi Severino chorando inconsolavelmente por
Pererinha, pois queria, de qualquer jeito, que o “homem das mãos limpas”
estivesse do seu lado onde ele, Severino, estivesse. Por isto e por muito mais,
antes de anunciar a despeito do que ele queria fazer, o senhor prefeito
procurava convencer, individualmente, cada um dos integrantes mais influentes
de seu partido de que o “homem das mãos limpas”, ou seja, o “dono” da fábrica
de sabão, o mesmo que gastara, segundo informações extraoficiais, cerca de R$
2.000.000,00 (dois milhões de reais) para comprar os votos e derrotá-lo na
campanha política de 2008, iria, novamente, aliar-se a ele, prefeito, e
precisava apenas que a Prefeitura Municipal de Paulista pagasse os impostos e
multas que a fábrica de sabão devia e, também, arcasse com parte de suas
dívidas de campanha.
A questão em pauta significa
que, enquanto Dr. Carrinho estava agindo de boa fé, o “homem das mãos limpas”
estava passando-lhe a perna. Não eram apenas questões de ordem moral ou de
fidelidade partidária, pois envolvia a questão financeira. Dr. Carrinho foi
persuadido a emprestar o dinheiro para pagas as custas dos processos movidos
pelo “homem das mãos limpas” contra o prefeito, Severino Pereira Dantas,
enquanto ele, o empresário do sabão, às escondidas, tentava vender seu apoio político
ao próprio prefeito.
Se fosse só uma questão
político-partidária envolvendo o “homem das mãos limpas” com Dr. Carrinho até
que se poderia apontar uma solução plausível. Mas, a situação fugiu do controle
e declinou para o lado pessoal, da família, da própria dignidade do ser humano.
Para dar suporte ao que digo, e não, simplesmente, interpretar os fatos para
apoiar as minhas próprias conclusões, enquanto o Veterinário Valmar Arruda de
Oliveira, filho de Dr. Carrinho e de Dona Jucileide, além de ser Presidente do
Diretório Municipal do Partido da República – PR, foi contratado pela empresa
de SABÃO e de RAÇÃO DASNEVES para servir como funcionário do “homem das mãos
limpas”, Valmar aceitou o cargo não porque precisasse do emprego, mas por uma
questão de humildade e para dar o exemplo de unidade partidária. Poucas pessoas
teriam dado demonstrações de amizade, de humildade e de benevolência da forma
que Valmar as demonstrou para com o “homem das mãos limpas”. Todavia, esse
indivíduo, de quem todos os cidadãos de bem devem manter distância, tratou da maneira
mais injusta e traiçoeira que se possa tratar a um cidadão honrado da estirpe
de Valmar. Quando ele, o “homem das mãos limpas”, alegava dificuldades
financeiras solicitou de Valmar para que trabalhasse quatro meses sem receber
salário. Como Valmar estava resolvendo todos os problemas da empresa de SABÃO e
de RAÇÃO DASNEVES, relativos às suas funções, simplesmente em defesa da unidade
do seu grupo político, ele aceitou de bom grado. Porém, o “homem das mãos
limpas” contratou, sem notificá-lo de nada, outra pessoa para assumir o cargo
de Valmar e se negou a falar com Valmar para lhe explicar o que estava
acontecendo rompendo, assim, o único canal de aproximação com Dr. Carrinho.
Valmar teria ficado satisfeito se o “homem das mãos limpas” tivesse a habilidade
política de ter chegado para ele e falado que não mais precisava dos seus
serviços.
Mas, o “homem das
mãos limpas” resolveu denegrir a imagem de Valmar perante a opinião pública, o
que significa dizer que tudo o que aconteceu a Valmar ainda é reflexo da
rasteira política que passaram em Dr. Carrinho, a quem muitos procuram atribuir
a derrota acachapante na eleição para prefeito em 2012. Obviamente, se a
oposição tivesse logrado êxito em sua empreitada, Dr. Carrinho e sua família
estariam sendo execrados tanto quanto estão sendo no momento porque aquele que
vive de combater um inimigo político tem interesse em deixá-lo com vida nem que
seja apenas para humilhá-lo perante a opinião pública.
Refluindo-se ao cerne
da questão, ao caso específico de compra e venda de apoio político nos
bastidores do poder, não era apenas o trânsito dos “amigos do poder” e inimigos
do povo, de um lado para outro, o que estava em discussão. No caso do “homem
das mãos limpas”, que só queria ficar do lado de quem estivesse de cima, uma
decisão errada implicaria ou imputaria uma derrota ao prefeito. Se contra fatos
não há argumentos, contra parte dessa oposição de Paulista, liderada pelo
“homem das mãos limpas”, constava, e
ainda consta, um histórico horripilante de violência, por exemplo, a surra que
deram no poeta Diquinho que, segundo o próprio prefeito, o fato de todo mundo
saber quem eram os responsáveis por esse crime, não era motivo suficiente para
ele, como prefeito de Paulista, recusar o apoio de seu amigo, o “homem das mãos
limpas”: Pererinha. Ainda, segundo Severino Pereira Dantas, “o poeta Diquinho é
que tivesse tido o cuidado de apanhar e guardar o segredo, pois não iria deixar
de fazer política por causa de uma surra sofrida por ele, Diquinho, falar
demais com a música do aviãozinho”.
De certa forma, sem
um acordo financeiro para comprar o apoio político do “homem das mãos limpas”, a
frustração de todos foi muito acachapante. A primeira grande frustração foi,
sem dúvida, de Chagas Valério, partindo-se do pressuposto que ele ficou sem uma
boa comissão financeira que receberia sendo o mediador desse acordo entre o
“homem das mãos limpas”, Pererinha, e o prefeito mentiroso, Severino, além de
permanecer no poder, de onde não larga o osso desde quando invadiu Paulista no
início da década de 80, caso o “homem das mãos limpas” fosse aceito pelos
integrantes do PTB. No entanto, o “homem das mãos limpas” foi rejeitado pela
grande maioria dos eleitores que compõem este partido. Outro frustrado foi o
próprio “homem das mãos limpas” que, sabendo que Severino faz tudo pelos seus
familiares e adversários políticos e despreza quem votou e trabalhou para que
ele fosse eleito, não teria suas dívidas pagas pelo prefeito e ninguém mais o
considerava amigo ou inimigo político. E, sem quaisquer sombras de dúvida,
Severino Pereira Dantas também ficou deveras frustrado porque pretendia, com a
compra do apoio político do “homem das mãos limpas”, eliminar alguma
resistência da oposição já fragmentada, totalmente destruída na sua ideologia
partidária, sobretudo, levando o vereador de maior destaque em Paulista,
Possidônio Fernandes de Oliveira Filho, para o seu lado e deixando o Poder
Executivo sem qualquer fiscalização.
No caso de alguns
membros do PTB que não aceitaram a união com o “homem das mãos limpas”, o
senhor prefeito teve que acatar a decisão da grande maioria. Em relação à
oposição, o único consenso que houve em todo esse caos foi a reunião de sete
vereadores para continuarem lutando por um poder que nunca tiveram e, não
conseguindo depor o prefeito Severino de seu cargo, no mínimo, cada um dos
membros da oposição queria ser eleito prefeito de Paulista numa próxima eleição
porque Dr. Carrinho só não fora eleito apenas por um detalhe.
No clima de traições,
de inveja explícita por parte de quem mata e morre para chegar ao poder, a
oposição, em oposição à própria oposição, “escolheu”, “impôs”, submeteu, de
forma irracional, o nome da vereadora Maria Laurenice Pereira de Oliveira para
disputar e perder a eleição para Severino Pereira Dantas. Pela incompetência da
oposição de Paulista em preservar os antigos e conquistar novos eleitores, a
vereadora Laurenice foi massacrada, humilhada publicamente pelo rolo compressor
da política de Paulista, chamado Severino, com uma das maiores surras de votos
da História deste município. Porém, a vitória mais recente de Severino foi a
própria “escolha” da vereadora Laurenice para ser sua concorrente, partindo-se
do pressuposto que Laurenice não mais seria vereadora a partir da legislatura
que teria início no ano de 2013. A oposição de Paulista jamais teria outra
oportunidade de insultar a espécie humana com tamanho ato de desinteligência:
Escolher a vereadora Laurenice para perder a eleição para Severino de forma tão
vexatória.
Dadas às
circunstâncias, a decisão de parte da oposição de Paulista de apresentar o nome
de outra pessoa (que não era Dr. Carrinho) para disputar as eleições de
prefeito em 2012 com Severino, já que a outra parte da oposição passou para o
lado do prefeito e outra parte considerável sempre foi fiel a Dr. Carrinho, foi
mais uma decisão precipitada, forçada, desesperada e desinteligente do que
qualquer outro sinônimo que possa qualificá-la. Motivado pela falta de diálogo,
é o que se pode chamar de “abraço dos afogados”: Quando alguém está afogando-se
no oceano revolto da vida, na tentativa de sobreviver, ele se agarra a qualquer
coisa, até mesmo a uma serpente venenosa; e, se houver outros indivíduos em
igual situação, todos eles se agarram uns aos outros e morrem unidos pela sua
própria desunião, o que constitui, efetivamente, o abraço dos afogados. E o
senhor prefeito festejou sua vitória antecipadamente, pois os seus adversários
políticos derrotaram-se a si próprios.
Apesar de ter sido
vítima de perseguição política e ter passado 87 dias preso a mando do Padre
Solon Dantas de França, historicamente falando, vale a pena lembrar a sua
figura política, pois foi sob sua direção que, à época, aconteceu uma grande revolução
administrativa em Paulista a partir da aquisição e implantação de obras
sociais, tais como creche, escola e hospital em nosso município. O Padre Solon, até certo ponto da história, conseguiu
conciliar administração, política e religião. Era um homem de visão política
que, apesar dos seus muitos defeitos, sabia “o que era bom e o que era ruim”
para ele próprio e para Paulista. Neste ínterim, se o Padre
Solon, com sua visão política aguçada, soubesse que Severino Pereira Dantas
seria o melhor para Paulista, ele o teria apoiado na candidatura ao cargo de
prefeito deste município desde 1988 em vez de apoiar um forasteiro. No entanto,
o Padre Solon conhecia verdadeiramente a Severino e sabia que se ele chegasse
ao poder, como chegou, seria um ditador, como é, falso mentiroso e perseguidor.
Assim, não se pode negar a austeridade estratégica do Padre Solon, quase uma
ojeriza a determinadas figuras, nem que era um líder que tinha flexibilidade
política e que, por isto mesmo, era líder. A habilidade, a flexibilidade
política do Padre Solon era tamanha que ele chegou ao extremo de apoiar a
candidatura de seu maior adversário político, Dr. Carrinho, para o cargo de
prefeito de Paulista no ano de 2.000, mas não apoiou Severino. O Padre Solon
fez isto porque sabia fazer política e também que, mesmo sendo adversário
político, Dr. Carrinho seria melhor administrador que Severino.
Assim, como política é o jogo da inteligência e da
conveniência, para que a oposição de Paulista deixasse de ser oposição e
ascendesse ao poder seria necessário que houvesse uma incomensurável inversão
de valores, uma desmesurada mudança de pensamento ou que se praticasse o jogo
político com inteligência e conveniência, em benefício do bem-estar coletivo.
Mas, o jogo que o atual grupo de oposição pratica, além de tentar sobreviver à
custa das migalhas do fracasso alheio, é o jogo do quanto pior melhor e da
paciência, da paciência do sapo que é colocado na água fria e, enquanto essa
água é aquecida, ele não se mexe e vai sendo cozinhado lentamente até que morre
sem saber porque foi que morreu. Portanto, sua filosofia ou plataforma política
é um aborto de si mesma, um sistema politiqueiro totalmente medíocre que tem
dentro de si a semente da própria destruição.
O eleitorado de Paulista, formado por uma
parte de “Maria vai com as outras”, até mesmo um pouco mais de 3.994 votantes ou 49,07%
dos eleitores que, por não ter uma realidade palpável ou uma esperança
promissora com que se agarrar, evadiu-se, sobretudo, de seus raquíticos e
desnutridos ideais. Muitos deles transferiram o domicílio eleitoral, principalmente,
para São Bento e cidades circunvizinhas; outros, sob a premissa de que “em
terra de sapos, de cócoras com eles”, aliaram-se ao senhor prefeito e, ainda,
outra parte considerável desses eleitores da oposição, por medo de mais uma
derrota certa, evidente, inevitável, estando ciente da desunião da oposição, preferiu
anular o voto ou não votar em nenhum dos candidatos.
Um grande homem
demonstra sua grandeza pela forma como trata os pequenos. Assim sendo, mesmo
precisando ser reeleito para um segundo mandato, a tônica da administração de
Severino, no período 2009/2012, foi não fazer nada por ninguém de Paulista, que
não fosse de seu ciclo familiar, e dizer que a oposição o impedia de trabalhar,
o que indica que é bem mais fácil encontrar leite nas tetas de um abutre macho
do que dignidade, humanidade e humildade em Severino, que era uma pessoa tão
boa antes de ser prefeito, ou pensava-se que fosse. Todavia, tornou-se um
político, perdendo o senso de humanidade e a noção do certo e do errado, do
direito e do dever, pois quem quer fazer alguma
coisa encontra um meio para fazer; ao mesmo tempo em que quem não quer fazer
nada encontra uma desculpa para não fazer.
Sendo a confiança do
ingênuo a arma do mentiroso, vive-se em Paulista, como se percebe, um Sistema
Político de Escravidão, totalmente ditatorial e antidemocrático. Depois que
Severino foi eleito prefeito, quem queria trabalhar pelo desenvolvimento e
engrandecimento de Paulista foi algemado com as mãos para trás, impedindo de
lutar por um futuro melhor para seus munícipes. Se fosse o caso desses cidadãos
de bem serem algemados com as mãos para frente, poderiam coçar o nariz ou
enxugar as lágrimas de arrependimento pelo fato de terem votado nele, Severino
Pereira Dantas, a maior decepção política que este município já teve em toda
sua história. Todavia, o poder que se tem, ou que se acha ter, outorgado ou
emanado de terceiros, é muito bonito sob os princípios democráticos. Agora,
esse poder, como espaço abstrato que nunca fica vazio, é passageiro no veículo
do destino e do tempo e semelhante a um risco feito na areia da praia: quando a
onda, o vento ou o próprio tempo passarem será apagado da areia por ser apenas
um risco insignificante.
Observando-se o
marasmo em que se tornou a política de Paulista, percebemos como somos muito pobres
quanto à questão de homens públicos que tenham capacidade administrativa,
dignidade humana e respeito pela coisa pública, pois, na guerra declarada pelo
poder em Paulista, aqueles que têm espírito de porco, sangue de barata e
mentalidade de urubu e que matam e morrem, literalmente, por um poder que acham
que têm ou que aspiram ter num fantástico mundo de faz de conta, mundo esse
governado pela falta de caráter e pelo pensamento ditatorial, a política
separada da moral trai aqueles que a apoiam. Obviamente, o poder não é
propriedade de quem quer que seja e não pode ser registrado em nome de ninguém.
É apenas um valor subjetivo atribuído ao ser (humano) corruptível,
influenciável, manipulador que se compraz em achar meios de tornar inferior o
seu semelhante e se manter nesse espaço abstrato que nunca fica vazio.
Mas,
se for para destacar obras da pífia administração de Severino, não exatamente
pela ordem dos acontecimentos dos fatos, houve três casos recentes de corrupção
ativa em Paulista que, por si só, se não vivêssemos num país onde, com raríssimas
exceções, só não é corrupto quem não tiver oportunidade de ser, seriam motivos
de cassação de mandato e prisão para os seus praticantes pelo resto de suas
vidas desonestas: O CONCURSO PÚBLICO MUNICIPAL, O
CASO DOS FALSOS MÉDICOS E A CONSTRUÇÃO DAS CASAS POPULARES.
O CONCURSO PÚBLICO
MUNICIPAL: Foi realizado pelo
senhor prefeito dentro dos padrões normais, ou seja, o mais desonesto possível.
Houve fraude na licitação pública, vencida pela empresa Mult-Sai
Concursos e, além do mais, o senhor prefeito comprou vagas para seus parentes e
apadrinhados políticos com o dinheiro desviado das inscrições no concurso, ou
seja, as pessoas pagaram para serem roubadas pelo gestor público municipal. O
senhor prefeito deu emprego a todo mundo de sua família, transformando a
prefeitura de Paulista numa empresa familiar, mas deixou algumas vagas para
acalmar um ou outro que não aceitasse a ditadura municipal.
O CASO
DOS FALSOS MÉDICOS: O desvio de recursos
da Saúde de Paulista foi mal planejado pelo gestor público municipal, isto sob
a pedagogia do “tudo para mim e nada para os outros”, pois, aproveitando-se da falta de profissionais
na área, ele contratou falsos médicos e estudantes de Medicina, que ainda não
haviam concluído nem mesmo o 3° Período de seus cursos, para dividir com eles o
salário superfaturado, algo em torno de R$ 1.000,00 por dia trabalhado e,
também, para agradar aos pais desses
estudantes que formam o Conselho Regional de Medicina da Paraíba. Todavia, para
que a farsa do gestor público municipal não fosse descoberta, ele deu uma de
vítima e, até, denunciou os seus comparsas, os falsos médicos e estudantes de
Medicina, além, é óbvio, de alertar o CRM da Paraíba para entrar com uma
denúncia de mentirinha contra os indivíduos não habilitados que estavam atuando
como médicos e usando carimbos falsificados no Hospital Municipal Emerentina
Dantas. Além de tudo isto, o senhor prefeito forjou uma licitação pública para
desviar recursos da Pasta da Saúde, contratando o advogado Francisco Cavalcante
Filho para defendê-lo nos processos de corrupção ativa, desvios de verbas da
Saúde e improbidade administrativa movidos contra ele.
Recentemente,
o senhor prefeito foi condenado pela 2ª CÂMARA do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA
PARAÍBA e, por isto, deveria ir direto para a prisão. A 2ª Câmara do TCE-PB
julgou procedente, à unanimidade, na sessão do último dia 23/04/2013, uma
denúncia de contratação de falsos médicos por parte do atual prefeito de
Paulista, Severino Pereira Dantas, para atuar no Hospital Municipal Emerentina
Dantas.
O relator do caso foi
o conselheiro André Carlo Torres Pontes que acompanhando o parecer do
Ministério Público, imputou débitos e multas ao gestor que juntos somam mais de
153 mil reais.
O relator do processo
e o Ministério Público ainda indicaram, na decisão, que o Tribunal de Contas
represente o atual prefeito de Paulista-PB junto à Procuradoria Geral de
Justiça do Estado para que tome as medidas cabíveis quanto à prática dos atos
ilegais praticados pelo gestor que gerou danos graves ao erário público.
A decisão está publicada
na edição da quinta-feira, dia 02/05 do Diário Oficial do TCE-PB.
Ato: Acórdão AC2-TC 00785/13
Sessão: 2673 - 23/04/2013
Processo: 14772/11
Jurisdicionado: Prefeitura Municipal
de Paulista
Subcategoria: Denúncia
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os
presentes autos do Processo TC 14772/11, referentes à denúncia sobre a
contratação de profissionais de saúde (médicos) sem qualificação técnica,
registro no conselho profissional e diploma de graduação em medicina,
praticadas pelo gestor municipal, o Senhor SEVERINO PEREIRA DANTAS, durante os
exercícios de 2009, 2010 e 2011, ACORDAM os membros da 2ª CÂMARA do Tribunal de
Contas do Estado da Paraíba (2ªCAM/TCE-PB), à unanimidade, nesta data, na
conformidade do voto do Relator, em:
1) CONHECER da presente denúncia para, no
mérito, julgá-la PROCEDENTE;
2) IMPUTAR DÉBITO, no valor de R$ 16.200,00
(dezesseis mil e duzentos reais), solidariamente, contra o Sr. SEVERINO PEREIRA
DANTAS e contra o Sr. KAIOBRUCE SORY MEDEIROS DE MACEDO, correspondente aos
valores pagos pela prestação de serviços de plantões médicos a pessoa sem
qualificação técnica;
3) IMPUTAR DÉBITO, no valor de R$ 46.200,00
(quarenta e seis mil e duzentos reais), solidariamente, contra o Sr. SEVERINO
PEREIRA DANTAS e contra o Sr. ALYSSON GOMES LUSTOSA, correspondente aos valores
pagos pela prestação de serviços de plantões médicos a pessoa sem qualificação
técnica;
4) IMPUTAR DÉBITO, no valor de R$ 23.900,00
(vinte e três mil e novecentos reais), solidariamente, contra o Sr. SEVERINO
PEREIRA DANTAS e contra o Sr. LEONARDO RODRIGUES COURA, correspondente aos
valores pagos pela prestação de serviços de plantões médicos a pessoa sem
qualificação técnica;
5) IMPUTAR DÉBITO, no valor de R$ 1.600,00
(um mil e seiscentos reais), solidariamente, contra o Sr. SEVERINO PEREIRA
DANTAS e contra o Sr. JOSÉ CASSIMIRO DA SILVA NETO, correspondente aos valores
pagos pela prestação de serviços de plantões médicos a pessoa sem qualificação
técnica;
6) IMPUTAR DÉBITO, no valor de R$ 6.300,00
(seis mil e trezentos reais), solidariamente, contra o Sr. SEVERINO PEREIRA
DANTAS e ao Sr. HUMBERTO DE ALMEIDA LIMA FILHO, correspondente aos valores
pagos pela prestação de serviços de plantões médicos a pessoa sem qualificação
técnica;
7) IMPUTAR DÉBITO, no valor de R$ 5.250,00
(cinco mil, duzentos e cinqüenta reais), solidariamente, contra o Sr. SEVERINO
PEREIRA DANTAS e ao Sr. RAONI DE ARAÚJO LIMA, correspondente aos valores pagos
pela prestação de serviços de plantões médicos a pessoa sem qualificação
técnica;
8) APLICAR MULTAS correspondentes a 50%
(cinquenta por cento) dos danos causados ao erário, com base na CF, art. 71,
VIII, e LOTCE/PB, art. 55, em favor do Município de Paulista: de R$ 49.725,00
(quarenta e nove mil, setecentos e vinte e cinco reais) ao Sr. SEVERINO PEREIRA
DANTAS; de R$ 8.100,00 (oito mil e cem reais) ao Sr. KAIOBRUCE SORY MEDEIROS DE
MACEDO; de R$ 23.100,00 (vinte e três mil e cem reais) ao Sr. ALYSSON GOMES
LUSTOSA; de R$ 11.950,00 (onze mil, novecentos e cinquenta reais) ao Sr.
LEONARDO RODRIGUES COURA; de R$ 800,00 (oitocentos reais) ao Sr. CASSIMIRO DA
SILVA NETO; de R$ 3.150,00 (três mil, cento e cinqüenta reais) ao Sr. HUMBERTO
DE ALMEIDA LIMA FILHO; de R$ 2.625,00 (dois mil, seiscentos e vinte e cinco
reais) ao Sr. RAONI DE ARAÚJO LIMA;
9) ASSINAR-LHES prazo de 60 (sessenta) dias
para recolhimento voluntário dos débitos e das multas (itens de 2 a 8) ao
Tesouro Municipal de Paulista, de tudo fazendo prova a este Tribunal, sob pena
de cobrança executiva, de tudo fazendo prova a este Tribunal;
10) APLICAR MULTA de R$ 4.150,00 (quatro mil,
cento e cinquenta reais) ao Sr. SEVERINO PEREIRA DANTAS, com fundamento no art.
56, incisos II e III , da Lei Orgânica deste Tribunal- LOTCE/PB, assinando-lhe
o prazo de 60 (sessenta) dias para recolhimento voluntário da multa ao Tesouro
do Estado, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira
Municipal, de tudo fazendo prova a este Tribunal, sob pena de cobrança
executiva;
11) REPRESENTAR à Procuradoria Geral de
Justiça para que adote as medidas civis e penais cabíveis, acerca dos fatos
ocorridos no Município de Paulista, acima expostos;
12) REPRESENTAR ao Conselho Regional de
Medicina para que adote as medidas cabíveis;
13) RECOMENDAR ao Prefeito Municipal de
Paulista, no sentido de observar às normas legais com abertura de concurso
público a fim de contratar Médicos, de acordo com as necessidades da
municipalidade;
14) DETERMINAR a instauração de processos
específicos, para cada ente jurisdicionado (Municípios de Logradouro, São
Bento, Cacimba de Dentro, Casserengue, Soledade, Caaporã e Caiçara), com
intuito de averiguar as contratações e a prestação de serviços por parte das
mencionadas pessoas; e
15) COMUNICAR à denunciante (Câmara Municipal
de Paulista) o teor desta decisão.
Registre-se,
publique-se, comunique-se e cumpra-se.
TCE
– Sala das Sessões da 2ª Câmara.
Mini-Plenário
Conselheiro Adailton Coelho Costa.
João
Pessoa, 23 de abril de 2013.
Conselheiro
Antônio Nominando Diniz Filho
Presidente
Conselheiro
André Carlo Torres Pontes
Relator
Subprocuradora-Geral
Elvira Samara Pereira de Oliveira
Representante do
Ministério Público junto ao TCE
A CONSTRUÇÃO DAS
CASAS POPULARES: Pensando que seria
denunciado pelos Vereadores da Oposição de Paulista, o senhor prefeito determinou que as casas populares, do Programa “Minha Casa, Minha
Vida”, do Governo Federal, fossem construídas próximas ao Matadouro Público
Municipal, para que ninguém suportasse a fedentina, e debaixo da rede de alta
tensão da Energisa. Se, por infelicidade dos ocupantes dessas residências, um
cabo da rede de alta tensão chegasse a romper-se no período das chuvas, todos
que estivessem em torno de 500m² morreriam eletrocutados, segundo informações
de engenheiros da própria Energisa. Mas, como depois da esperada denúncia, as
casas teriam de ser demolidas e a culpa recairia sobre os vereadores da
oposição, o projeto era para construir uma pequena favela, com casas sem espaço
para locomoção, reduzidas na altura, na largura e no comprimento. Além do mais,
na casa, não cabe uma cama e não se pode armar uma rede, pois sua edificação
não tem nenhuma segurança, ou seja, as casas são feitas sem nenhuma viga de
ferro nas inexistentes colunas de sustentação e com materiais de construção de
qualidade inferior.
Acontece que nem os Vereadores nem o Ministério Público denunciaram o gestor
público, uns para não perderem votos e outros para não perderem o apoio
financeiro do senhor prefeito. O impressionante é que, mesmo sendo irregular,
pelo que se sabe, a Caixa Econômica Federal receberá a obra sem nenhuma
contestação.
Neste ínterim, quem
teria, supostamente, a competência, a função e a obrigação de fiscalizar as irregularidades na construção das casas populares, do Programa
“Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, a exemplo da Câmara de
Vereadores, do Ministério Público e da Caixa Econômica Federal, nada fizeram e,
no caso de crime contra o erário público, foram coniventes, partícipes do mesmo
esquema fraudulento. O único que teve a coragem e a ousadia de denunciar tais
irregularidades através deste Blog: http://abelmetacritica.blogspot.com, fui eu. Admoesto
que o mais corajoso dos atos ainda é pensar com a própria cabeça. Todavia, se
fechássemos os olhos aos defeitos dos outros, tendo em conta apenas suas boas
qualidades, acharíamos o bem e a benevolência em toda parte. Acontece que,
entre passar a mão na cabeça de um criminoso e defender o direito de suas
vítimas, escolho defender os atrofiados mentais.
Denunciei, no meu
blog, não o senhor prefeito, mas as irregularidades de seu mandato para que ele
se corrigisse e fizesse o que era certo. Porém, passei a ser ameaçado de morte
por pessoas ligadas à oposição de Paulista, que queriam se aproveitar da
oportunidade, pois sempre há quem se beneficie da miséria alheia, e por pessoas
ligadas ao senhor prefeito, inclusive, uma pessoa do ciclo familiar de Severino
Pereira Dantas identificada no instante em que eu registrava o BOLETIM DE
OCORRÊNCIA POLICIAL nº 048/2012, no dia 29 de maio de 2012, na Delegacia de
Polícia Civil de Paulista.
As ameaças de me
baterem ou me matarem prosseguiram incessantemente, mesmo depois de ter
registrado o BOLETIM DE OCORRÊNCIA POLICIAL nº 048/2012, no dia 29 de maio de
2012, na Delegacia de Polícia Civil de Paulista. No entanto, vendo que não me
intimidariam com as ameaças de morte para que eu parasse de divulgar através do
meu blog o que o prefeito de Paulista estava fazendo de errado, ele, Severino
Pereira Dantas, e seus puxa-sacos botaram toda a minha família contra mim para
que todos votassem em Severino. Ora, eu sei que guardar ressentimentos é como tomar veneno e
esperar que outra pessoa morra. Mas, o que o senhor prefeito fez e
permitiu que fosse feito com meu pai não é passível de perdão: Ele, Severino
Pereira Dantas, e seus comparsas pressionaram meu pai, Vicente Alves de Farias,
doente cardíaco, para que eu me humilhasse a ele e dissesse que “o prefeito de
Paulista é um cidadão de bem” até que o meu pai teve um infarto e morreu no dia
21 de outubro de 2012.
Depreendendo-se certo
esforço para adelgaçar o intelecto, percebe-se que o que Severino queria mesmo
era fortalecer seu sobrinho e herdeiro político, vereador Nilton Dantas
Monteiro Filho, com um grande montante de votos para que ele, Niltinho,
continuasse sendo o único, dentre todos os outros, a ter vez e voz dentro do
partido e fosse escolhido por unanimidade como o sucessor do atual prefeito,
Severino Pereira Dantas, em 2016 para continuar o seu projeto de se manter no
poder por quarenta anos.
Todas as “adesões”
que o prefeito recebeu durante o período eleitoral, os votos para vereador
foram pedidos ou comprados para o vereador Niltinho. Ah, e quanto à liberdade
de expressão dentro do partido, Severino contava uma piada, todos só faltavam
morrer de rir e terminava tudo bem. Ele, Severino, como prefeito e dono do
partido faria o possível e o impossível para ter o vereador Niltinho como único
candidato a prefeito de Paulista depois que ele usufruísse de tudo o que a
prefeitura pudesse lhe oferecer como empresa familiar. Para tal, com a
divergência de ideais que houve na oposição, Severino já não estava preocupado
com sua campanha política e sim, interessado em comprar votos para que o seu
sobrinho, Nilton Dantas Monteiro Filho fosse, novamente, o vereador mais votado
da história de Paulista. De início, Severino buscava comprar apenas votos da
oposição e, principalmente, dos vereadores Josefina Saldanha Veras e Possidônio
Fernandes de Oliveira Filho, chegando a oferecer a quantia de R$ 2.000,00 (dois
mil reais) a cada um dos eleitores que dissesse que deixaria de votar em
Possidônio e votaria em seu sobrinho, Niltinho. É claro que, em época de
campanha eleitoral, voto é uma mercadoria extremamente bem procurada e, quem
vende não diz que vendeu e quem compra não diz que comprou, isto porque,
segundo a legislação em vigor, vender e comprar votos são crimes eleitorais.
Talvez, o maior crime
eleitoral praticado por Severino nessa campanha de 2012 não tenha sido a compra
de votos dos vereadores opositores, já que o objetivo do senhor prefeito era
eleger os nove vereadores da Situação, se fosse possível, e derrotar,
consequentemente, todos os candidatos da Oposição. Creio que um dos maiores
crimes eleitorais praticados por Severino nessa campanha de 2012 foi a compra
de eleitores do vereador Avelino Nogueira da Silva, chegando ao preço de R$
1.700,00 (mil e setecentos reais) para que votassem no vereador Nilton Dantas
Monteiro Filho.
O resultado das
eleições de 2012 em Paulista levou o prefeito Severino Pereira Dantas para mais
4 anos de mandato. Severino foi reeleito com 4.324 votos, 54,43% dos votos válidos enquanto que a candidata
Maria Laurenice obteve 3.620 votos,
45,57% dos votos válidos. Severino “ganhou” a eleição com 704 votos de
diferença para Laurenice.
Já para a composição
do Poder Legislativo Municipal, a Oposição obteve 3.046 votos, elegendo quatro
vereadores enquanto que a Situação obteve 4.452 votos (1.406 votos a mais que a
oposição), elegendo cinco vereadores.
A rivalidade política
em Paulista é tão acirrada que as pessoas chegam a perder o respeito umas pelas
outras. Há uma lei subentendida que compele quem integrar um partido político a
nem mesmo conversar com pessoas de outro partido. Mas, para ascender ao Poder,
fazem-se cada coisa que até Deus duvida.
Não obstante à
realidade dos fatos, sabendo-se que não há fatos eternos como não há verdades
absolutas, o que há são gravíssimas implicações morais concernentes aos seres
que se dizem humanos, mas que não passam de parasitas do povo e “amigos do
poder”. Assemelhar-se-ia, tal situação, à “tragedia canibal” da gravidez da
fêmea do tubarão branco que, ainda estando no útero materno, os filhotes
devoram-se uns aos outros até que restem apenas os mais fortes. E, quando
nascem, os filhotes têm que fugir da própria mãe para não serem devorados por
ela. E salve-se quem puder.
O porquê da alusão a
um fato natural da “guerra da sobrevivência” é que, em Paulista, deve-se estar
pronto para matar ou morrer e quem não trapacear para chegar à frente, mesmo
assim, também sucumbirá à desonestidade do sistema predatório em vigor.
É profícuo salientar
que, assim que são eleitos pelo voto popular, os vereadores procuram e são
procurados pelos principais líderes partidários e marqueteiros políticos de
plantão para negociarem o seu apoio, o seu voto, o que os transforma, aos olhos
dos eleitores enganados, em verdadeiros farrapos de seres humanos, pois aquele
que se vende vale menos do que recebe. Dentre esses vereadores, há duas
espécies distintas: Os vereadores da oposição e os vereadores do prefeito e,
havendo uma espécie de dominação psicológica e hipnótica, os vereadores da
oposição acusam o prefeito de não fazer nada, além de roubar, e os vereadores
do prefeito defendem o chefe do Executivo Municipal das acusações dos
vereadores da oposição. Assim, eu vejo muita gente lutando para chegar ao poder
e vejo muita gente lutando para permanecer no poder, mas não vejo ninguém
lutando pelo povo.
Além de ser Agente
Administrativo da Câmara Municipal de Paulista desde 05/11/2002 e de ser crítico
e metacrítico, sou defensor da democracia e da paz, procurando respeitar a
todos, confiar em poucos sem ser injusto com ninguém. Neste sentido, sabendo da
rivalidade político-partidária que há neste lugar, prevendo o que poderia
acontecer em Paulista no dia da eleição da Nova Mesa Diretora da Câmara
Municipal, mesmo estando de férias, dei experiente nos dias 28, 29 e 31 de
dezembro de 2012, na companhia da secretária da Câmara, esperando que o
vereador Nilton Dantas Monteiro Filho fosse registrar a chapa, a candidatura à
Presidência da Câmara, de acordo com os preceitos do Regimento Interno da
Câmara e da Lei Orgânica Municipal, através de requerimento encaminhado à
Presidência da Casa Legislativa até às 17:00h do último dia útil antes do
pleito.
No sábado, dia
29/12/2012, na tentativa de alertar o vereador Nilton Dantas Monteiro Filho
para que ele fosse registrar a chapa, fiz várias ligações para o seu celular,
mas ele não quis atender. Já no domingo, dia 30/12/2012, consegui falar com o
vereador, porém, expressando sua ignorância e arrogância, ele me disse, quase
que meio educadamente, que eu não me metesse porque aquele assunto não me dizia
respeito. Eu fiz o que fiz porque, no final, não nos lembraremos das palavras
dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos.
Na segunda-feira, dia
31/12/2012, a única chapa que havia sido registrada dentro do prazo regimental
foi a chapa da oposição, que teve como candidato o vereador Cícero Alves Matias
(PR).
O vereador Nilton
Dantas Monteiro Filho (PTB) concorreu a presidente da Mesa Diretora da Câmara
Municipal de Paulista por uma chapa que não fora registrada no prazo que determinam
o Regimento Interno da Câmara e a Lei Orgânica Municipal. Mesmo assim, o
vereador mais votado, Avelino Nogueira da Silva, que também fazia parte da
chapa, recebeu o registro da chapa fora do prazo regimental, o que
incorreria em falta de decoro parlamentar e, por isto, o vereador Avelino
Nogueira da Silva deveria ter o mandato cassado.
Os vereadores da
oposição entraram com recurso na Justiça para que fossem respeitados tanto o
Regimento Interno da Câmara como a Lei Orgânica Municipal, conseguindo lograr
êxito, de início, em Primeira Instância, assumindo, interinamente, a
Presidência da Câmara Municipal de Paulista o vereador Possidônio Fernandes de
Oliveira Filho, o mais votado dentre os vereadores que não estavam inscritos na
chapa irregular. Possidônio ficou responsável para realizar a nova eleição da
Mesa Diretora da Câmara, dessa feita, com apenas a chapa que havia sido
registrada dentro do prazo regimental.
De acordo com o que
reza o Art. 4° do Regimento Interno da Câmara: No dia 1° de janeiro do ano
subsequente ao da eleição, os vereadores reunir-se-ão na Sede da Câmara, em
sessão solene, para compromisso e posse, conforme estabelece a Lei Orgânica do
Município. O compromisso que será lido pelo Presidente e por todos ao mesmo
tempo é o seguinte:
“PROMETO EXERCER
FIELMENTE O MANDATO QUE ORA ASSUMO, RESPEITAR AS CONSTITUIÇÕES FEDERAL E
ESTADUAL, A LEI ORGÂNICA E DEMAIS LEIS, TRABALHANDO PARA IMPLEMENTAR O
DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO E BEM-ESTAR DE SEUS MUNÍCIPES”.
No entanto, a Sessão Solene de Posse do prefeito, do
vice-prefeito e dos vereadores ocorrida no dia 1° de janeiro de 2013 foi, por
si só, anticonstitucional, pois os vereadores da Situação, ao fazerem o
juramento de posse, já estavam desrespeitando o Regimento Interno da Câmara e a
Lei Orgânica Municipal. Mas, o pior ainda estava por vir, pois aquelas
autoridades desautorizadas, com a cabeça vazia de tudo e cheia de nada, ao
desrespeitarem o Regimento Interno da Câmara e a Lei Orgânica Municipal, além
de toda a população do município, incentivaram os alienados sem educação e sem
dignidade a promoverem a maior baderna na Sessão Solene de Posse do prefeito, do vice-prefeito e dos
vereadores. Ale de insultarem os vereadores da oposição, fizeram uso de bebidas
alcoolicas e de drogas afins nas dependências da Câmara Municipal de Paulista
e, também, urinaram e defecaram em cima de documentos do Arquivo da Câmara.
Em certas ocasiões, é
preciso aprender a aceitar sua impotência diante da força da lei, pois aceitar
o que aconteceu é o primeiro passo para superar as consequências de qualquer
infortúnio. Entretanto, desde quando Severino candidatou-se a vice-prefeito no
ano 2.000, ele já planejava em deixar o seu herdeiro político em seu lugar que
é o vereador Nilton Dantas Monteiro Filho. No caso da eleição da Mesa Diretora
da Câmara Municipal de Paulista, todos pensaram que, pelo fato da Situação ter
elegido cinco vereadores, o problema estaria resolvido sem terem, sequer, que
obedecerem ao Regimento Interno da Câmara e à Lei Orgânica Municipal. Foi aí
que Severino teve esse pequeno contratempo, pois ele queria que o vereador
Nilton Dantas Monteiro Filho fosse o Presidente da Câmara Municipal de Paulista
para, no caso de Severino ter o seu mandato cassado, já deixaria o seu herdeiro
político como prefeito do município.
O terreno do amanhã é
incerto demais para os planos, pois quem não quer quando
pode, às vezes, não pode quando quer e quem sempre procura
mostrar que estar certo termina por agir errado. Um dos factoides de Severino
foi “não
fazer nada por ninguém de Paulista, que não fosse de seu grupo familiar, o
Pentunvirato, e, ainda, botar toda a culpa pelo seu fracasso administrativo nos
vereadores idiotas da oposição fragmentada”. Todavia, Severino assumira o
compromisso de apoiar a candidatura, em 2016, de um dos três homens mais
honrados do município de Paulista depois de tê-lo forçado a assumir uma
postural totalmente incompatível com o seu caráter. Mas, como na boca do mentiroso o certo se faz duvidoso, nos bastidores da política indômita,
Severino queria que seu sobrinho e herdeiro político, Nilton Dantas Monteiro
Filho, Niltinho, fizesse um bom trabalho na Presidência da Câmara para ser
escolhido por unanimidade como o próximo candidato a prefeito de Paulista nem
que fosse por meio de uma pesquisa dirigida. Niltinho não é má pessoa, é apenas,
de certa forma, um pobre arremedo de Severino.
Sob a
máxima de que o que tem de ser tem muita força, para qualquer indivíduo que tenha pelo menos um pequeno
lampejo de consciência, tornar-se um homem honesto é poder estar certo de que haverá
menos um patife no mundo. Porém, o lobo pode mudar o pelo, mas jamais mudará a índole.
Talvez,
as minhas vãs palavras sejam cultura demais para pessoas de mentes retrógradas
que pensam em ganhar eleitores ou eleições apresentando apenas mentiras como
plataforma de campanha e denegrindo a imagem de um cidadão de bem para que ele
próprio seja considerado o “bonzinho” enquanto que a confiança do cidadão
“inocente”, vítima de trapaças, não passa de uma arma nas mãos do político
mentiroso. Este prognóstico advém do comportamento do senhor prefeito, enquanto
homem público, que teve a “competência” política de se fazer acreditar por
pessoas que ostentam a ilusão de moralizar a política de Paulista. O senhor
prefeito ainda teve, em parte, a “inteligência” de se aproveitar dos conflitos
internos na oposição para se manter no poder.
Destarte, ou a
oposição de Paulista pensa grande e faz por onde merecer a confiança e o
respeito do eleitorado ou jamais passará de oposição e somente será percebida
quando for para ser pisada e esmagada pelo rolo compressor da situação, que
pode ser qualquer um que esteja no comando, de posse das chaves da prefeitura.
Todavia, uma oposição de pensamentos medíocres somente obterá êxito em seus propósitos
desconexos se houver um milagre e, ainda, se houver alguém merecedor desse
milagre. Mas, no caso da ocorrência de um milagre, com a oposição ascendendo ao
poder, haveria uma grande injustiça, partindo-se do pressuposto que o povo tem
o governo que merece. Isto posto, para muitos sanguessugas do poder ou para
outros vermes que se aproveitam das migalhas do fracasso alheio, não é preciso
chegarem ao poder para se darem bem à custa da ingenuidade alheia.
Sabe-se que o fato da oposição não ter nenhuma
folha de serviços prestada à Paulista, nenhuma proposta política confiável, não
impede que certos indivíduos estejam sempre na luta por um poder “quase” que
inexistente. O poder é podre, mas é o poder: Uma delícia putrefata ao paladar
dos carniceiros. Parece um pouco estranho, mas tem pessoas que se contentam até
mesmo com a derrota que, na realidade, não é uma derrota e sim uma pequena
vitória na disputa interna da oposição ou o resultado da venda do voto de
alguns eleitores para candidatos aventureiros que não têm nenhum compromisso
para com Paulista.
No caso da oposição de Paulista continuar com
essa briga interna e não se reunir em torno de um candidato de consenso que
consiga agregar várias correntes políticas em um pensamento solidário, a
expectativa é que esse poder quase que inexistente continue sendo dividido e
apenas alguns poucos indivíduos continuem sendo beneficiados como funcionários
fantasmas, recebendo assessorias de deputados compradores de votos, enquanto
que parte da população votante continue sem assistência e sendo humilhada por
parte do prefeito.
A análise da dominação política que se
apresenta atualmente em Paulista, em termos de tentativa de sobrevivência da
oposição, é feita concernente ao apoio cego e irracional a um político como,
por exemplo, o deputado Márcio Roberto. No cômputo geral da coisa pública,
sendo política é a arte de dizer coisas que o povo quer ouvir e de fazer coisas
que o povo não precisa saber, para continuar se beneficiando da ignorância
alheia, o público votante pode continuar acreditando que o deputado Márcio
Roberto vai poder candidatar-se novamente ao cargo de deputado. Mas, apesar de Márcio
Roberto ter sido eleito na última vaga do seu partido, ele, também, está
inelegível e, portanto, impedido pela Justiça eleitoral de se candidatar a
qualquer cargo eletivo por oito anos.
Outra alternativa do deputado seria indicar, em
seu lugar, como candidato a deputado estadual, o seu filho, o jovem Jullys Rammon
Rezende Ramalho da Silva,
Jullys Roberto. Jullys Roberto
foi candidato a prefeito pelo PMDB em São Bento e não foi eleito. Com 8.955 votos, 41,89% dos votos válidos de São Bento, não
seria suficiente para se ter a ilusão de uma vitória, sobretudo, porque houve a
diminuição do número de deputados estaduais na Paraíba, passando-se dos atuais
36 para 30 a partir de 2014.
Sendo assim, a partir da Convenção Estadual do PMDB
e da constatação de que não poderá ser candidato e nem será desinteligente nem
doido de apresentar Jullys Roberto como candidato para ser derrotado novamente,
o que vai restar para o deputado Márcio Roberto é vender os votos para um
candidato passível de vitória que, provavelmente, será Barão. Aí, volta-se à
mesma discussão que não leva ninguém a lugar nenhum: Sem união, sem o poder e
sem um candidato de consenso, o que a oposição de Paulista vai fazer para se
manter, pelo menos, com certa dignidade?
Todos sabem que o prefeito de Paulista já foi beneficiado
pelo candidato Barão com a quantia de R$ 200.000,00 (Duzentos mil reais) e,
desta forma, a tendência é que os votos dos seguidores de Severino é que sejam
para o candidato que o beneficiou, restando à oposição fragmentada, aliar-se ao
prefeito e votar em seu candidato ou ter a dignidade de formar uma aliança com o
restante da própria oposição em torno de um nome de consenso.
VÊ-SE
Vê-se,
na súcia da cretinice,
Onde
o mau-caráter se desdobra,
É
cobra engolindo cobra
Tudo
em nome da vigarice.
Estão comendo no mesmo cocho
Os
que brigavam antigamente.
Tudo
fica tão diferente
Quando
é hora do arrocho.
Vão-se
os velhos corruptores,
Vem
os novos corrompidos,
Fica a mesma corja de bandidos
Na
mesma escala de valores.
São picaretas aproveitadores
De
autoridade travestidos,
Democraticamente
escolhidos,
Constituídos
pelos eleitores.
Muita
gente não percebe,
Não
avalia nem entende
Que
a pessoa que se vende
Vale
menos do que recebe.
É disto que estão rindo
Os
fotogênicos dos retratos
E
dos cidadãos pacatos
Que
acabam se iludindo.
Assim, a melhor classificação
Para
os políticos trapaceiros
É
a de urubus carniceiros,
Exploradores
da nação.
São
promotores da corrupção,
Lobos
em pele de cordeiros
Dando
uma de “milagreiros”
Com
promessas de salvação.
De
quatro em quatro anos,
De
promessa em promessa,
Eles
nos levam na conversa
Para
executarem seus planos
Sem
haver quem nos socorra
Em
nossa hora tão crítica,
Tais
representantes da política
Só
querem que a gente morra.
E
se dizem que eu não presto
Por
ser com eles desunido
E
ter o pensamento definido
Quanto
ao político desonesto,
É
que não há quem me convença
Do
contrário mar de que se “herda”:
Entre
mau político e merda
Eu
não vejo qualquer diferença...
Autor:
Abel Alves
E-mail:
abelmetacritica@hotmail.com
Blog: http://abelmetacritica.blogspot.com
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