IGNÓBEIS

Vocês, que exercem o poder

Afrontando a sociedade,

São seres sem dignidade,

Descumpridores do seu dever.

Vocês brincam com as vidas alheias

E acabam esquecendo-se das suas.

Preferem os bandidos nas ruas

E os cidadãos de bem nas cadeias.

Vocês são excrementos,

Pútridos, dejetos fecais,

Farrapos de seres humanos,

Ignóbeis, vermes nojentos.

Vocês, arremendos de gente,

São parasitas repugnantes,

Sang-sugas integrantes

De uma matula vigente.

Vocês, imitações baratas

De cidadãos brasileiros,

Não passam de cangaceiros

Das facções plutocratas.

Vocês são excrementos

Pútridos, dejetos fecais,

Farrapos de seres humanos,

Ignóbeis, vermes nojentos.

Vocês são vis torturadores

De inocentes desprotegidos.

São fabricantes de bandidos

E, pusilâmines traidores.

Vocês, canalhas desonrados,

Ainda tem a ousadia

De falar em cidadania

Sendo arremedos de magistrados.

Vocês são excrementos

Pútridos, dejetos fecais,

Farrapos de seres humanos,

Ignóbeis, vermes nojentos.

Vocês, juízes milionários,

Que traficam entorpecentes

E condenam os inocentes

Para justificarem os salários

Vocês, de diplomas arranjados,

Nunca tiveram competência

De lutar com ínfima decência

Para serem respeitados.

Vocês são excrementos

Pútridos, dejetos fecais,

Farrapos de seres humanos,

Ignóbeis, vermes nojentos.

Autor: Abel Alves

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