A bala que abala
As estruturas sociais,
A bala que cala a fala
E a fala não fala mais.
A bala que embala
Os evidentes funerais
A bala que só cala
Suas vítimas letais.
É uma bala perdida
E uma vida marcada.
Uma bala sem vida
Matando a vida por nada.
É uma bala bandida
Por um bandido, deflagrada,
Assentida, permitida
Pela elite organizada.
A bala que causa luto,
Causa luto sem pausa.
É só a bala que causa,
Sem causa, luto absoluto.
E a bala acerta o vulto,
O vulto da cidadania
Causando tanta agonia
A velho, criança e adulto.
Autor:
Abel Alves
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