Sou
bem menos que nada...
Dos
piores, eu sou o pior;
Dos
menores eu sou o menor;
Sou
uma vítima torturada.
E
viver é tão insignificante,
Não
se tendo um objetivo.
O
fato de continuar vivo
Não
é o mais importante.
Na
vida, eu não tive sorte,
Só
a injustiça me rodeia,
Sobrevivi
tirando cadeia,
Vegetando,
fugindo da morte.
Sem
trabalho, sem salário,
À
própria sorte abandonado.
E,
ainda, eu sou rotulado
De
ser um ex-presidiário.
Destarte,
como o tempo não para,
Eu
continuarei caminhando,
Alguém
rindo da minha cara,
E
dos meus olhos chorando.
Do
meu coração sangrando
Por
causa de uma dor sofrida
Que
vai me estraçalhando,
Arrebentando
a minha vida.
Mas,
quando o cidadão silencia,
Seu
opressor se fortalece,
Porque
o leigo não conhece
Os
parâmetros da democracia.
Contudo,
estou aprendendo a viver
E
vivo a minha vida vivendo.
Aprendo
e vou me envolvendo,
Querendo
apenas sobreviver...
Autor:
Abel Alves
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