Eu
nunca tive “puerícia”
Menos,
ainda, adolescência.
Sobrevivi
na carência
De
uma vida sem carícia.
Não
experimentei a delícia
De
ser uma criança normal
Meu
sofrimento colossal
Disfarça
a morte em malícia.
O
meu futuro “promissor”
Só
dependia do meu presente
Humilhante
e decadente
E
do meu passado opressor.
Mas,
o que tenho de valor?
A
vida, não vale nada!...
Óbice
da natureza malvada
No
perspícuo erro do “Criador”.
Eu
não tive oportunidade
E,
quando me tornei adulto,
Fizeram-me
de mim um vulto
Vítima
da vil sociedade.
Sem
ter força de vontade,
Sou
uma alma desvalida,
Sem
ter sentido na vida
Sigo
rumo à fatalidade!
Roubaram
a minha juventude,
Malograram
o meu destino,
Deixando-me
tão pequenino
Sem
razão e sem “virtude”.
Eu
fiz tudo o que pude
Para
valer o meu direito,
Mas,
só encontrei preconceito
Contra
a minha atitude.
Talvez,
uma outra geração
Queira
saber de importância
Que
teve a minha infância
Na
estrutura desta nação.
E,
com o poder do coração,
Com
um amor bem fraterno
Em
outro tempo moderno
Atente
à minha aclamação.
Pois,
só o que pode me salvar
É
uma palavra de conforto.
Mas,
se eu já estiver morto?
De
nada me vai adiantar.
E
todos irão propalar:
Foi
a falta de “oxigênio”
Que
acabou matando o “gênio”
Do
martírio popular.
Autor:
Abel Alves
Celular:
(83) 98023208
E-mail:
aiaiaiabelaiai@hotmail.com
Blog: http://abelmetacritica.blogspot.com
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