Sei
que vai contra a lei divina
A
mulherização das jumentinhas
Isto
comigo já não combina;
Nem
cloacar com as galinhas
Irei
procurar uma concubina
E
me divorciar das bacorinhas
É
uma coisa meio estranha
Fazer
enxerimento com animais.
Mas,
a precisão era tamanha
Que
eu queria mais e mais
Com
o meu poder de barganha,
Eu
achava bom demais.
Hoje,
não quero uma amante
Que
tenha chifres ou penas
Ou
que relinche a cada instante.
O
que eu quero apenas
É
não dá uma de galante
E
reviver as mesmas cenas.
Pretendo
botar um aviso
Em
jornal, rádio e televisão.
É
de uma mulher que preciso,
Sem
precisar ter boa visão,
E
deixarei de ser indeciso
Com
esta drástica decisão:
Procura-se,
desesperadamente,
Uma
paixão pura e verdadeira
Que
até pode ser demente
Mas,
queira ser a primeira
A
me amar eternamente
Toda
a vida, a vida inteira.
Não
é preciso ser bonita,
Não
importa que seja desajeitada.
O
importante é se acredita
Nesta
minha conversa fiada
E
não pense e nem reflita
Se
estiver caindo numa silada.
Já
procurei por todos os cantos
Mas,
não encontrei nada.
Agora
vou para Sílvio Santos
Arranjar
uma namorada,
A
mulher dos meus encantos
Que
seja sã ou aleijada.
Eu
quero é tirar o pé da lama
E
acabar com esta fadiga.
Por
isto vou para o programa
Casamento
à Moda Antiga,
Esperando
que a velha fama
Desapareça
e não me siga.
Quem
se agarra à confiança
E
procura, sempre acha.
De
casar, eu tenho esperança,
O
casório ou vai ou racha.
Eu
até comprei uma aliança
Que
é feita de borracha.
A
aliança tem um segredo
Que
é um pouco estranho
Ela
dá certo em qualquer dedo
Pois,
estica sem tamanho
Restando
apenas o medo
Se
o casório é perda ou ganho.
Autor:
Abel Alves
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