O fechamento das comportas do Açude de
Coremas/Mãe D’Água, no Sertão do Estado, distante 390 quilômetros da Capital, João
Pessoa, está atemorizando moradores das cidades que são abastecidas pelo Rio
Piranhas, como Paulista, Pombal, Catolé do Rocha e São Bento.
A possibilidade de haver um colapso no abastecimento
de água dessas cidades está causando sofrimento às populações que temem pelo
desabastecimento.
O nível do Rio Piranhas diminuiu muito após a
determinação da Agência Nacional das Águas (ANA) de reduzir a vazão das águas
no Açude Coremas/Mãe D’Água para evitar que o nível do manancial, que já está
abaixo de 30% (trinta por cento), diminua mais ainda e comprometa o
abastecimento de cidades do Sertão.
O diretor da Regional do Rio do Peixe, com
sede no município de Sousa, Francisco Veras Pinto, tranquilizou a população
para a possibilidade de um colapso. “Por enquanto, o nível do Rio Piranhas
ainda está dando condições de abastecer essas cidades”, garantiu.
Francisco Veras, no entanto, alertou para a possibilidade disso vir a ocorrer, mas somente no caso das comportas serem fechadas mais do que já estão. “Há essa possibilidade de colapso, mas somente se a vazão das águas do Açude de Coremas/Mãe D’Água forem diminuídas mais ainda”.
Francisco Veras, no entanto, alertou para a possibilidade disso vir a ocorrer, mas somente no caso das comportas serem fechadas mais do que já estão. “Há essa possibilidade de colapso, mas somente se a vazão das águas do Açude de Coremas/Mãe D’Água forem diminuídas mais ainda”.
Açudes
secam e cidades recorrem a cacimbões
Pelo menos três cidades da regional de Sousa
estão sendo abastecidas graças a cacimbões e poços artesianos que foram
construídos nos açudes que estão completamente secos.
A situação é vivida em Lastro, Mato Grosso e
Lagoa. Esse foi o único meio encontrado pela Cagepa para continuar abastecendo
a população dessas cidades. “É um paliativo que encontramos para suprir a
necessidade da população desses municípios. No entanto, a solução é temporária
porque depende do volume dos lençóis freáticos e eles podem acabar a qualquer
momento” disse Francisco Veras.
Colapso
Das 27 cidades da regional do Rio do Peixe,
Nazarezinho, a 470 quilômetros da Capital, João Pessoa, é o município em que o
abastecimento já está em colapso. O Açude Engenheiros Ávidos, em Cajazeiras, a
468 quilômetros de João Pessoa, teve que fechar as comportas por conta do baixo
nível do Açude que está com apenas 11% de sua capacidade.
Com isso, o Rio Piranhas, na altura da cidade
de Nazarezinho, secou completamente e a cidade que tem cerca de 7 mil
habitantes está sendo abastecida somente por caminhões-pipas.
A MORTE DO JUMENTO
É
preciso ter muita prudência
Para
enfrentar a “inesperada”
E
sempre fazer-lhe reverência
Quando
a coisa der errada
Pois,
com a sua insistência,
A
morte vem sem dizer nada.
E
não há culpabilidade
Em relação a esta etapa,
Nem
truques de habilidade
De
se apelar para o “papa”
Porque
só há uma realidade:
Da
morte ninguém escapa...
Oh,
a culpa não foi minha
De
o jumento ter morrido.
Ainda
mais que eu tinha
Acostumado
com o seu gemido
E,
à hora em que eu vinha,
O
mundo estava escurecido.
Agora
tudo é sofrimento
Naquela
terra esquecida
Por
causa da morte do jumento,
Uma
morte tão sofrida
E
maior será o meu lamento
Por
toda a minha vida.
O
seu destino foi traçado,
Conforme
o que a história diz:
Sacrifício
do animal “sagrado”.
Mas
que destino infeliz,
Acabar
morrendo enganchado
Em
uma grossa raiz.
O
meu maior castigo
Que
agora vou revelar
E
estará sempre comigo
Já
que não posso mudar
É
a morte desse amigo
Que
eu não pude evitar.
Tanta
água que ele carregava
Mostrando
que era forte
A
gente só não contava
Com
tanta falta de sorte
A
corda que lhe amarrava
Iria
trazer-lhe a morte.
E
essa tristeza que deságua
Em
torno do meu ser
Só
aumenta a minha mágoa.
Como
é que vou viver,
Sem
ter uma gota d’água
Para
que eu possa beber?
Autor:
Abel Alves
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