sábado, 30 de novembro de 2013

AIDS


Nossas fantasias culminaram
Na tortura dessa dor
Quando nossos lábios se encontraram
Numa mistura dissabor
E nossos corpos festejaram
Mais uma loucura de amor...

Loucura! Não estávamos precavidos!
Suicídio! A “coisa” estava dura!
Loucura ou suicídio,
Porquê fomos envolvidos?
Suicídio e loucura
Por um desejo sem cura...

Usei a cabeça que não pensava
No buraco que eu não conhecia
E quanto mais eu a empurrava
Mais a coisa endurecia
Eu nem sequer ligava
Para o risco que corria

Do vírus H I V 
Ela era portadora
Então, fez-me conhecer
A fatal dizimadora
Deixando-me padecer
Nos braços da devastadora.

Pela família, eu fui abandonado.
Da sociedade, eu fui excluído.
Estou pagando pelo meu pecado
De ter um dia me prostituído
E de não ter me controlado
Ante o “prazer” me oferecido.

Na hegemonia da escravidão
Na companhia da tristeza,
Sendo vítima fatal da solidão,
Doença da minha fraqueza,
A minha luz é só escuridão
A minha morte é a única certeza.

Pois, sou aquele aventureiro
Que não usa “preservativos”.
Eu sou aquele prisioneiro
Dos desejos compulsivos
E ainda sou o mensageiro
Dos mortos e dos vivos...

Porém, se você quiser viver
Ou coisa parecida
Mas não sabe o que fazer
Em relação à vida
É melhor se precaver
Contra essa tal de S I D A.

Autor: Abel Alves
E-mail: abelmetacritica@hotmail.com
Blog: http://abelmetacritica.blogspot.com


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