Dois jovens foram detidos em
flagrante, na madrugada desta terça-feira, dia 8/10, em Limoeiro, no Agreste do
estado de Pernambuco, ao transportar aproximadamente 800 kg de carne de jumento
em uma Kombi alugada. De acordo com a polícia, os dois eram moradores do bairro
de São Jorge e foram abordados ainda perto de casa, por volta das 3:30h.
O motorista do veículo, de 18
anos, contou em depoimento à polícia que era o proprietário da carne. "Ele
alugou o veículo por R$ 100 e pagou R$ 25 reais para o outro, um jovem de 20
anos, para ajudar a transportar. Ele contou que abatia os jegues em sua própria
residência", explicou o delegado responsável, Paulo Gustavo Gondim. Ainda
segundo a polícia, o homem responsável pela carne de jumento disse que ela
seria comercializada como carne bovina na Feira Livre de Jaboatão dos
Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, e o quilo seria vendido a R$ 2,00.
Outro crime de transporte e
abatimento ilegal de jumento foi registrado no mesmo município, também neste
ano. No dia 13 de agosto, a polícia prendeu um homem de 51 anos que
transportava mais de 1 tonelada da carne. O delegado descartou a hipótese de
ser o mesmo fornecedor. "É histórico em Limoeiro. Naquela outra apreensão,
também identificamos o proprietário e, pelo que podemos ver, é diferente",
disse. "Isso vem de muitos anos", completou Gondim.
A carne de jumento e o veículo
foram apreendidos e levados para a Delegacia de Limoeiro. Agentes disseram que
fizeram a comunicação da apreensão à Agência de Defesa Agropecuária de
Pernambuco (Adagro), que deve analisar o material antes de ser incinerado pela
Vigilância Sanitária. Nenhum dos dois homens detidos tem antecedentes
criminais. Eles foram encaminhados para o presídio de Limoeiro.
A comercialização da carne de
jumento é proibida por lei em todo o Brasil. Como o produto é fornecido por
matadores clandestinos, não há controle sanitário e ele pode ser prejudicial à
saúde.
É bom salientar que não é apenas
carne de jumento que é comercializada como se fosse carne bovina. Já aconteceram
casos em que carne de cachorro era comercializada como se fosse carne de
carneiro e, até mesmo, carne humana comercializada como se fosse carne bovina.
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