segunda-feira, 16 de julho de 2012

A PORTA


Se você encontrar uma porta à sua frente, poderá abri-la ou não. Se você abrir a porta, poderá ou não entrar em uma nova sala. Para entrar, você vai ter que vencer a dúvida, o titubeio ou o medo. Se você venceu, deu um grande passo: nesta sala, vive-se. Mas, também, tem um preço: são inúmeras as outras portas que você descobre. O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta. A vida não é rigorosa: ela propicia erros e acertos. Os erros podem ser transformados em acertos quando, com eles, se aprende. Não existe a segurança do acerto eterno. A vida é generosa: a cada sala em que se vive, descobrem-se outras tantas portas. A vida enriquece a quem se arrisca a abrir os seus segredos e, generosamente, oferece afortunadas portas. Mas, a vida pode também ser dura e severa: se você não ultrapassar a porta, terá sempre essa mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação. É a monotonia cromática perante o arco-íris. É a estagnação da vida. Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens...

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