domingo, 15 de julho de 2012

OS DEZ CANDIDATOS MAIS RICOS A CONCORREREM À PREFEITURA DA CAPITAL DE SEUS ESTADOS

Um levantamento feito pelo Portal Terra, na sexta-feira, 13/07/2012, listou os 10 candidatos mais ricos a concorrer à prefeitura da Capital de seus Estados.
MAURO MENDES

1° lugar: Mauro Mendes (PSB) - R$ 116,8 milhões. Candidato em Cuiabá/MT, a fortuna campeã é a de Mauro Mendes que disputa a prefeitura de Cuiabá/MT pelo PSB. Segundo o TSE, ele acumula R$116,8 milhões em bens declarados , sendo que R$107 milhões deles são aplicados em ações da Bipar Investimentos e Participações. Quando concorreu ao governo do Mato Grosso em 2010, Mauro Mendes havia declarado R$57 milhões. Ele também tem R$ 384 mil investidos em previdência privada, um imóvel de R$ 630,3 mil, terrenos que somam quase R$600 mil e uma lancha de R$ 261,5 mil. Ainda possui R$ 100 mil em quotas na empresa Bimetal Indústria Metalúrgica. A quantia total declarada por ele supera em mais de 100 vezes o patrimônio do segundo candidato mais rico de Cuiabá, o deputado Guilherme Maluf (PSDB), que declarou cerca de R$ 1 milhão.
Natural de Anápolis/GO, Mauro Mendes tem 48 anos, é casado, tem ensino superior completo e fez carreira como empresário na área de metalurgia. Recentemente, ele foi inocentado de acusações de abuso de poder econômico, gastos ilícitos de recursos e compra de votos. Segundo o Ministério Público Estadual, ele teria distribuído camisetas e bonés com propaganda eleitoral irregular aos seus cabos eleitorais em 2008.
MÁRCIO LACERDA


2° lugar: Márcio Lacerda (PSB) - R$ 58,8 milhões. Prefeito e candidato à reeleição pelo PSB em Belo Horizonte/MG, Márcio Lacerda nasceu em Leopoldina/MG. Ele tem 66 anos e afirma ter R$ 58,8 milhões em bens. A maior parte, R$ 35,4 milhões, está em um fundo de investimentos. Outros R$ 18,9 milhões vêm da sociedade do prefeito na Macunaíma Participações. No ano passado, a empresa Construtel Tecnologia e Serviços, que é dirigida por Gabriel Nascimento de Lacerda, filho do prefeito, e controlada pela Macunaíma, foi investigada pela Polícia Federal por um suposto envio ilegal de dinheiro a uma conta de doleiros em Nova York.
A Construtel, especializada na construção de redes de telefonia, foi fundada por Márcio Lacerda em 1975. Quatro anos depois, ele criou uma segunda empresa, a Batik, para a produção de equipamentos de telefonia. Bem sucedido, Márcio Lacerda participou da direção de diversas entidades empresariais.
REINALDO AZAMBUJA

3° lugar: Reinaldo Azambuja (PSDB). De Campo Grande/MS, ele é o terceiro candidato a prefeito que possui mais bens, com R$ 32,6 milhões declarados. Aos 49 anos de idade, o deputado da bancada ruralista tem um apartamento no valor de R$ 350 mil, uma sala comercial no valor de R$ 100 mil, uma casa avaliada em R$ 500 mil, terrenos avaliados em R$ 240 mil e mais de dois mil hectares em fazendas, no valor de R$ 22,4 milhões, concentrados principalmente em Maracaju, cidade que governou entre 1996 e 2004. O restante do patrimônio de Reinaldo Azambuja é preenchido por equipamentos agrícolas e caminhões utilizados em suas terras.
Azambuja tem formação incompleta em Administração e faz parte da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), entidade de classe que representa os criadores de gado no Estado.
CARLOS AMASTHA
4° lugar: Carlos Amastha (PP) - R$ 18 milhões. O candidato a prefeito de Palmas/TO, Carlos Amastha (PP) declarou R$ 18 milhões. Nascido na Colômbia e naturalizado brasileiro, o empresário tem 51 anos. A maior parte de seu patrimônio provém de quotas na Incorporadora de Shopping Center Capim Dourado, que somam R$ 11 milhões. Ele também possui uma caminhonete Nissan Frontier no valor de R$ 115 mil, terrenos avaliados em R$ 398 mil, ações e outros investimentos no valor de R$ 75 mil, caminhões e carretas que valem R$66 mil e R$ 2 milhões em espécie, entre outros bens.
ACM NETO 

5° lugar: ACM Neto (DEM) - R$ 13,3 milhões. O deputado federal e candidato a prefeito em Salvador/BA, Antônio Carlos Magalhães Neto, tem 33 anos de idade e um patrimônio de R$ 13,3 milhões, valor mais de cinco vezes o registrado em 2010, que foi de R$ 2,5 milhões. O salto deve-se principalmente à aquisição de quotas na TV Bahia, no total de R$ 9,4 milhões, feita por ele neste ano. Em sua declaração, ainda constam um apartamento de R$ 900 mil, um plano de previdência privada de R$ 879 mil, fundo de investimentos no valor de R$ 161 mil, uma aplicação de renda fixa de R$ 576,6 mil, outra de R$ 606,7 mil e uma Land Rover de R$ 210 mil. ACM Neto é herdeiro da tradicional família baiana Magalhães, do falecido político Antônio Carlos Magalhães, que governou a Bahia por três vezes.
GABRIEL CHALITA
6° lugar: Gabriel Chalita (PMDB) - R$ 11,5 milhões. Candidato em São Paulo/SP, o professor de ensino superior, Gabriel Chalita, nasceu em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo, e tem 43 anos. É escritor de "mais de 60 livros", segundo consta em seu site oficial. É doutor em Filosofia do Direito e em Comunicação e Semiótica, e mestre em direito e em Ciências Sociais. Ele foi vereador aos 19 anos na cidade natal; posteriormente, conseguiu o cargo na Câmara Municipal de São Paulo em 2008 e foi eleito deputado federal em 2010 pelo PSB. Trocou o partido pelo PMDB em maio de 2011, já com a intenção de concorrer à prefeitura.
Metade de seu patrimônio está voltada para investimentos: são R$ 164 mil em depósitos e R$ 4,7 milhões em fundos de investimentos. O restante está dividido em ações no valor de R$ 110 mil, quotas de palestras avaliadas em R$ 990 mil e dois apartamentos (um à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio de Janeiro, avaliado R$ 1,2 milhão, outro em Higienópolis, na região central de São Paulo, de R$ 5 milhões) e uma BMW no valor de R$ 246 mil.
RATINHO JR
7° lugar: Ratinho Jr. (PSC) - R$ 7,5 milhões. Candidato em Curitiba/PR, o deputado federal Carlos Roberto Massa Jr. é filho do apresentador Ratinho. Ele tem 31 anos e é natural de Jandaia do Sul, no Paraná. Ao TSE, o deputado não declarou imóveis, apenas um terreno avaliado em R$ 1,4 milhão. Possui dois veículos, sendo um Voyage 2009/2010 de R$ 41 mil e uma moto de R$ 23 mil. O restante dos seus bens é dividido em consórcios não contemplados, somados em R$ 26 mil, em investimentos financeiros no valor de R$ 30 mil e R$ 400 mil em espécie. Possui quotas em duas empresas: Grupo Massa, que possui rádios em algumas cidades do Paraná e quatro afiliadas de TV, sendo que a TV Curitiba está entre elas. Tem participação também na marca de café em pó, Café no Bule.
ZÉ MARANHÃO 
8° lugar: José Targino Maranhão (PMDB) - R$ 6,8 milhões. Candidato em João Pessoa/PB, o ex-governador é natural de Araruna/PB. Zé Maranhão é o único candidato da lista a ter duas aeronaves em seu nome, sendo uma de 400 mil. Seu patrimônio evidencia o trabalho na agricultura: são 11 propriedades rurais no Estado da Paraíba que,  juntas, somam 1,7 milhão. Mas, a propriedade mais cara, de R$ 1,4 milhão, fica no Estado do Tocantins. Completam a lista dois tratores, três caminhonetas, três casas e um apartamento. Também fazem parte da lista do milionário, créditos e ações no valor de R$ 4,2 milhões.
Em 1994, é eleito vice-governador na chapa de Antônio Mariz, aonde acaba assumindo o mandato em virtude da morte do titular, cerca de dez meses depois de ter assumido o mandato de governador. Em 1998 disputa a candidatura à reeleição ao governo do estado pelo PMDB, onde o grupo liderado pelo então senador Ronaldo Cunha Lima e por seu filho, o então prefeito de Campina Grande, Cássio Cunha Lima, queriam indicar o nome de Ronaldo para a disputa do governo. Com uma vantagem apertada, Maranhão vence Ronaldo na convenção do PMDB e é indicado candidato. Na eleição para governador, é eleito com cerca de 80% dos votos válidos, sendo o governador mais votado do país naquele ano em termos percentuais, reelegendo-se assim governador da Paraíba.
Em 2001, rompe politicamente com a família Cunha Lima, que migra para o PSDB. No ano seguinte Maranhão renuncia ao governo do estado para candidatar-se ao senado obtendo 831.083 votos, sendo o senador mais votado da Paraíba naquela eleição. No governo do estado entra em seu lugar o então vice-governador Roberto Paulino que, com seu apoio, torna-se o candidato do  PMDB ao governo, mas acaba sendo derrotado por Cássio Cunha Lima que vence Paulino no segundo turno.
Em 2006, Maranhão disputa novamente o governo da Paraíba, desta vez contra o então governador Cássio Cunha Lima que foi eleito em segundo turno à reeleição, com cerca de 51% dos votos. Após a confirmação pelo Tribunal Superior Eleitoral da cassação de Cunha Lima em 2008 pelo Tribunal Regional da Paraíba por uso indevido de programa social em ano eleitoral, José Maranhão é reconduzido em 17 de fevereiro de 2009 ao Palácio da Redenção como governador do Estado, por ser o segundo colocado nas eleições de 2006. Governador da Paraíba pela terceira vez, Maranhão concorre novamente ao cargo de governador do estado nas eleições de 2010, buscando o seu quarto mandato, mas acaba sendo novamente derrotado no segundo turno, dessa vez pelo ex-prefeito de João Pessoa e seu ex-aliado político Ricardo Coutinho do PSB que obteve 53,70% dos votos válidos contra 46,30% de José Maranhão.
MÁRIO PORTUGUÊS
9° lugar: Mário Português (PPS) - R$ 4,9 milhões. O empresário candidato à prefeitura de Porto Velho/RO tem 65 anos e não completou o ensino fundamental. Seus bens são resumidos em dois apartamentos, sendo um em Fortaleza, que foi avaliado em R$ 1 milhão, cinco casas (quatro delas de alvenaria), nove terrenos, quatorze lotes rurais e uma fazenda de R$ 500 mil. Mário Português ainda possui ações na Eletrobrás no valor de 311 mil, e é dono da empresa MG Comercial. Mário ainda aparece como presidente da Distribuidora Coimbra, mas não há nenhuma citação da empresa em sua relação de bens.
EYMAEL
10° lugar: José Maria Eymael (PSDC) - R$ 4,6 milhões. Candidato em São Paulo/SP, José Maria Eymael é natural de Porto Alegre. Ele tem 72 anos e é figurinha carimbada em todas as eleições, sejam elas presidenciais ou regionais. Foi candidato pela primeira vez à prefeitura de São Paulo em 1985. Nos anos que se seguiram, foi eleito duas vezes deputado federal. É empresário, e um dos fundadores da Grunase, empresa de relações públicas. Em sua relação de bens constam quatro imóveis, dois terrenos, quatro veículos e duas embarcações. Na lista, o candidato que costuma chegar a apenas 1% das intenções de votos declarou joias avaliadas em R$ 4 mil e participação em ações nas empresas Vivo e Brasil Telecom, além de créditos a receber de empréstimos no valor de R$ 993 mil e investimentos financeiros estimados em R$ 1,9 milhão. Só não foi preciso declarar que José Maria Eymael estava querendo vender o PSDC – Partido Social Democrata Cristão a outro bandido conhecido por Carlos Cachoeira.

Autor: Abel Alves
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