Já nem sei quem sou eu...
Se ainda eu sou um alguém
Depois que tudo aconteceu
Eu já não tenho argumentos
Para mudar meus pensamentos
E convencer a mais ninguém.
Sou um cúmulo de lamentos
Apenas quando me convém
E não tenho discernimentos
Do que foi que se perdeu:
A minha vida, que morreu
Na “maresia” de um “além”
Não passo de lixo social,
Razão da vil criminalidade.
Eu sou o tipo de marginal
Pusilânime, usuário de maconha
Que enoja e envergonha
A mais democrática sociedade.
O meu ser já nem sonha
Com uma altruística possibilidade
De escapar desta droga medonha
Que vicia e me faz tanto mal,
Levando-me ao estágio terminal:
A perda da minha dignidade.
Eu sou um “toxicômano”,
Vítima da opiomania
E refém do desengano,
Torturado pela constância
De um trauma de infância
Que entristece minha alegria.
Usar drogas é manter distância
Do amor e da harmonia.
É não saber da importância
Que tem o ser humano,
Tornando-se um insano
Por uma falsa fantasia.
Autor: Abel Alves
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