segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A MUDANÇA


Sob o axioma de que quem diz a verdade perde as amizades, para constituir inimigos não é preciso declarar guerra a ninguém, basta dizer o que pensa. Destarte, como não tenho o rabo preso na mesmíssima proporcionalidade que tenho a língua solta, digo tudo o que penso e penso tudo o que digo, respeitando a todos, confiando em poucos sem ser injusto com ninguém.
Nem toda mudança é significativa; porém, algumas delas podem ser admiráveis, contemplativas e surpreendentes justamente porque implicam em transformações. A mudança ou transformação da água em vinho, por Jesus Cristo, durante as Bodas de Caná, na Galileia, conforme o Evangelho de João 2:1-11, é um exemplo admirável e significativo de mudança. Ainda existem vários outros exemplos de mudança, como a mudança de sexo de Luis Roberto Gambine Moreira que mudou para Roberta Close e ficou rica ao posar nua para a Playboy em 1984. O caso do peixe (Cirrhitichthys falco), também chamado de hawkfish, peixe-falcão, que tem seu habitat nas águas em torno da ilha Kuchino-Erabu, sul do Japão, que muda de sexo conforme a necessidade, pois só nascem peixes fêmeas no cardume sendo necessário que a fêmea mais velha torne-se macho para fertilizar os ovos e dá continuidade à especie. Além, é claro, da mudança de estado físico da água, que muda do estado líquido para o gasoso, do gasoso para o sólido e do sólido para o líquido novamente quando acontece a precipitação; e da mudança de domicílio eleitoral de muita gente de Paulista ou da oposição para o partido do prefeito.
Agora, concernente à mudança (perícope de um contexto desesperador) que a oposição tenta implacar em Paulista não passa de um lampejo de pensamento natimorto. É um sofisma carregado de ressentimentos que serve de pressuposição política para quem vive das migalhas do fracasso alheio. No entanto, como se sabe, guardar ressentimentos é como tomar veneno e esperar que outra pessoa morra. Quando o indivíduo não tem, de nenhuma forma, a confiança do eleitorado, essa mudança deveria começar por ele e deveria ser uma mudança de mente (metanoia) completa.
Leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la e, como não se pode alcançar bons fins através de maus meios, o que não falta em Paulista são exemplos para que essa mudança proposta pela oposição não aconteça ou morra na casca. Nas atuais conjecturas políticas, a oposição semeou dentro de si a semente da própria destruição. Para que se tenha uma ideia mais clara de todo o balacubaco, Severino é prefeito porque passou 32 anos de sua vida formando uma base para que isto acontecesse. No caso da oposição, não tiveram respeito pela democracia nem pelo povo, pois os próprios oposicionistas diziam que “nem Jesus impediria a derrota de Severino porque ele era apenas funcionário público e não tinha dinheiro para comprar os votos necessários”. E, quando Severino ganhou a campanha de 2008 com apenas 48 votos de maioria, começaram uma luta sem trégua para destituí-lo do poder, acusando-o de compra de votos sendo que eles é que tinham feito isso.
 Sabe-se que contra fatos não há argumentos e um dos fatos ocorridos que mais atua contra essa mudança aspirada pela oposição de Paulista é o caso da surra que deram no poeta Diquinho logo depois de serem derrotados nas urnas. Ainda tem o discurso proferido pela ex-candidata a vice-prefeita no dia 01/01/2011 na Tribuna da Câmara Municipal quando ela comparou a Satanás o prefeito eleito democraticamente pela força da grande maioria e disse que era para a Presidente da Câmara “governar com mão de ferro”. Em vez do partido derrotado apenas por 48 votos reunir-se em prol da elaboração de um programa de governo que servisse de parâmetro para o eleitor comparar e escolher a melhor proposta, todos tentaram sobreviver das migalhas do fracasso alheio.
Sei que não devemos discutir com pessoas burras porque elas nos vão arrastar ao seu nível e ganhar de nós por terem mais experiência em ser ignorantes. Todavia, eu duvido que tal mudança aconteça nos moldes que se espera e, por eu não ter sido convencido a mudar de opinião, a minha dúvida honesta e consciente não pode ser considerada um crime ou mesmo uma tentativa de fraudar a verdade acerca de pessoas que têm a cabeça cheia de nada e vazia de tudo. Ora, assim reza o Art. 2° da Lei Orgânica Municipal: São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo. Como se sabe, o Poder Legislativo Municipal elabora as leis para que o Poder Executivo as execute e a população seja beneficiada por essas leis. Neste ínterim, a oposição acusa o prefeito de não ter feito nada e o pouco que fez, fez errado, esquecendo-se da harmonia entre os Poderes e do próprio povo que, supostamente, seria a principal razão de tal mudança. Se o prefeito, desde Sabiniano, não fez nada e o que fez, fez errado, a oposição é burra e incompetente por não está ela própria no poder. O meio mais fácil seria o Poder Legislativo Municipal elaborar as leis que viessem a beneficiar o povo para que, se o prefeito não as sancionasse, a Presidência do Legislativo o fizesse, de acordo com a Lei Orgânica Municipal, e recebesse o mérito por isto, mérito esse que seria revertido na mudança democrática, popular e verdadeira.
No entanto, o poder é podre, mas é o poder: uma delícia putrefata ao paladar dos carniceiros e, na tentativa de sobreviver à custa da miséria alheia, qual dos abutres que não quer sua parte na carniça? Assim, nesses políticos que primeiro mostram a cara para depois mostrarem as costas, há tanta vontade de mudança para beneficiar o povo quanto há de leite nas tetas de um abutre macho.
Em suma, ganhe lá quem ganhar, quem sempre vai perder é Paulista. A não ser que os revotados e desiludidos com essa política desonesta onde a única mudança aparente é que vão os velhos corruptores e veem os novos corrompidos, unam-se a mim para que todos nós votemos em branco.


Autor: Abel Alves
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