Porquê um ventre me
concebeu,
Até agora eu não
descobri.
Estou achando que não
nasci:
Fui desembeicado que
nem pneu.
Ninguém é mais feio
do que eu,
Nem mesmo a vítima do
mongolismo.
Eu sou a beira do
abismo
Em que a beleza se
perdeu.
Se a natureza me
escolheu,
Foi por eu ser tão
feioso.
Eu sou o ser mais
horroroso
Que neste mundo já
viveu.
E se um dia nasceu
Uma outra criatura
Com toda esta feiura
Com certeza já
morreu.
Pois, com este jeito
meu
De galã de filmes de
terror,
Sou um atentado ao
pudor
Da beleza que faleceu
E a mídia já me
elegeu
Manequim de
funerária.
Sou esta figura
lendária
Em seu eterno
apogeu...
Autor:
Abel Alves
Nenhum comentário:
Postar um comentário