Não
sou um caso do acaso
Mas,
vivo morrendo à míngua
Por
causa da minha língua
Que
não casa com o descaso.
Só
agora eu descobri
O
meu óbice indômito
Pela
ânsia do vômito,
Do
veneno que engoli.
Assisto
a tragédia cotidiana
Do
auge do comodismo
Que
transcende o abismo
Da
vil mentalidade humana.
Vejo
a vida esvaziada
Como
se fosse uma bexiga:
A
endecha da fadiga
Da
tragédia anunciada.
Perdi-me
neste caminho,
Encontrei-me
noutra estrada
E
me sentei numa privada
Sentindo-me
tão sozinho.
Olhando-me
a mim mesmo,
Eu
me vejo um monstro
Que,
às vezes, demonstro
Vociferando-me
a esmo.
Aonde
foi que eu cheguei,
Partindo
do mesmo início?
Na
vesânia do vício
Do
agioma que usei.
E
o que vai se passar
É
o que penso que pensa:
Uma
zorrira imensa,
Falta
do que pensar.
Autor:
Abel Alves
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