Há
crianças cheirando cola,
Soldados
dos traficantes.
Os
futuros traficantes
Hoje
estão pedindo esmola.
Há
adolescentes seminuas
Nesta
pátria travestida,
Sem
expectativa de vida,
Abandonadas
pelas ruas.
Há
jovens nos meretrícios,
Como
extrato das ralés,
Prostituindo-se
nos cabarés
Para
sustentarem seus vícios.
Há
uma juventude perdida,
Sem
um passado decente,
Sem
virtudes no presente
E
com um futuro sem vida.
Há
grande abismo social
Na
temível realidade gritante
Daqueles
que tem o bastante
E
dos que não tem o essencial.
Há
vergonha na história
Desta
“bandeira” democrática
Colocando-se
em prática
O
“apartheid” da escória.
Há
vermes na bicheira,
Sem
índole, sem objetivos
São
apenas mortos-vivos
Desta
nação brasileira.
Há
filas nos hospitais,
Nos
institutos de previdência.
As
vítimas desta violência
São
“pacientes” terminais.
Há
uma doença sem cura
No
“seio” da sociedade:
A
metástase da maldade
Em
um misto de tortura.
Há
sempre um grito no ar,
Sem
haver uma resposta.
Não
se grita porque gosta
Simplesmente
de gritar.
Autor:
Abel Alves
Celular:
(83) 98023208
E-mail:
abelmetacritica@hotmail.com
Blog: http://abelmetacritica.blogspot.com
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