Eu
sou um bamgalafumenga,
Apenas
um “joão-ninguém”,
Querendo
ser um alguém
De
soslaio, na pendenga.
Profiro
minha profícua arenga
De
forma não muito séria
Pois
eu sou parte da matéria
Que
a cada dia se transforma,
A
exceção de toda norma
No
tênue liame da miséria.
Esses
meus perseguidores
Submetem-me
a qualquer teste
Esperando
que eu creste
Na
soez escala de valores.
Não
ligam para as minhas dores
E,
no auge do meu problema,
Sucumbo
à miséria extrema
Numa
injustíssima disputa
Contra
quem mais me esputa:
A
conivência vil e suprema.
E
nesses tirocínios linfáticos
Com
carcamanos do poder,
A
vida alvitra e faz entender
Os
óbices mais dramáticos,
Tudo
em termos práticos
Do
convívio que não contemplo
E,
seguindo-se o exemplo
Desta
pessoa tão sofrida,
Será
punido pela vida
Quem
não mudar com o tempo...
Autor:
Abel Alves
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